Em quase todos os setores que se circula, a união para o desenvolvimento é um dos temas centrais das conversas. É um consenso, em todos os níveis: precisamos agir coletivamente. E isso acontece desde o grupo do condomínio até o governo federal. O próprio Lula pediu, na sexta-feira, uma aliança entre empresários e políticos brasileiros para lidar com o tarifaço de Donald Trump. Na quinta-feira, o prefeito Fernando Marroni avaliou que os setores devem se unir. Na segunda, durante evento promovido por A Hora do Sul e Rádio Pelotense com empresários, essa foi a palavra mais citada. E então, como vamos fazer?
Todos querem união por um preceito básico: para ir longe, deve-se ir em conjunto. Temos exemplos em diversos locais mundo afora, mas aqui mesmo, no próprio Rio Grande do Sul, vemos que as regiões com entidades atuantes e associativismo efervescente têm maior capacidade de brigar pelas suas pautas. Faz sentido, já que quanto mais vozes clamam, mais alto é o barulho feito. Só que há um grande problema…
Para que isso funcione, o primeiro passo é se livrar do ego e da polarização. No momento em que vivemos, como deixar a própria opinião, sempre tão importante, em um segundo plano? Como unir “nós e eles?” Aí está o grande desafio. Isso se constrói com diálogo e alianças, que devem ser estruturados e respeitados. Todos têm demandas, mas têm também prioridades. É nelas que deve estar o foco.
Um grande exemplo foi dado aqui mesmo, há pouquíssimo tempo, quando as entidades da região formaram a Aliança Pelotas e Aliança Rio Grande e, mais adiante, ambas entidades se aproximaram por compreender que faz mais sentido as grandes demandas serem tratadas no âmbito regional. Foi através disso, por exemplo, que se avançou na duplicação da BR-116 e, tão importante quanto, não se deixou a obra parar de vez, por mais cambaleante que esteja sendo o processo. Foi porque houve união.
Agora, é hora de definir novas pautas, elencar as prioridades e ir por elas, uma a uma, para depois avançar no restante. Através do diálogo e das alianças que se nasce a união. E é através do pensamento coletivo, antes do individual, que se alcança resultados.