“A Rádio Pelotense reaparece fortalecida pela parceria do jornal”

Abre aspas

“A Rádio Pelotense reaparece fortalecida pela parceria do jornal”

José Cruz - Jornalista e ouvinte da emissora mais antiga do Rio Grande do Sul

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“A Rádio Pelotense reaparece fortalecida pela parceria do jornal”

Mesmo morando em Brasília, José Cruz, 80, segue ouvindo a Rádio Pelotense para ficar por dentro das notícias da sua cidade natal. O jornalista, atualmente no gabinete do senador Romário (PL), recebeu com muita felicidade a notícia do retorno da rádio mais antiga do Rio Grande do Sul, sobretudo por sua atuação de forma integrada com a redação do jornal A Hora do Sul.

Qual a sua ligação com a Rádio Pelotense?

Morei em Pelotas dos cinco aos 35 anos, quando vim para Brasília, onde sou (ainda) jornalista. Sinto-me um pelotense, cidade da qual guardo grande carinho e ótimas lembranças. Meu pai, contador, trabalhava na concorrente, Rádio Cultura, quando peguei o gosto por ouvir rádio. Pouco depois, fui fazer jornalismo, na Católica. Logo, ouvir rádio fazia parte de minha rotina e a Pelotense entrava diariamente na minha agenda para me manter informado. Além disso, a emissora tinha ótima programação, esportiva, principalmente, com um grande radialista, Paulo Corrêa. Mais: eu tinha um amigo, Clóvis de Almeida Alt, que era poeta e especialista em música. Tinha uma discoteca sem igual na cidade. Clóvis comandava um programa aos sábados à noite, na Rádio Pelotense, chamado “Variações sobre temas de amor”. Falava sobre o assunto com autoridade e depois tocava uma daquelas músicas de tocar o coração. Finalmente, veio o Cine Rádio Pelotense, no mesmo prédio da emissora, na Andrade Neves, com programação maravilhosa, que eu ia com frequência. Tudo isso me aproximava da rádio, orgulhoso, também, de sua história.

Qual foi o seu sentimento quando soube do término das operações da Pelotense?

Foi de grande tristeza, com certeza. Ver uma emissora de rádio fechar é tão triste quanto ver um jornal deixar de circular. Sou jornalista e prezo muito esses patrimônios. E comentava com amigos sobre a perda para a cidade, principalmente, ver parte de sua história sendo encerrada. Foi triste, sinceramente, receber essa notícia.

Como você recebeu a notícia da retomada da Pelotense?

Foi ontem [domingo], quando abri a rede, na internet, a notícia já estava circulando. Fiquei muito feliz com essa retomada. Ganha a cidade, ganham os ouvintes, os anunciantes, ganha a comunicação como um todo, principalmente porque a Rádio Pelotense reaparece fortalecida pela parceria do jornal. Isso é ótimo, sem dúvida.

Qual a importância que você acredita que o rádio tem para a sua vida e para a vida das pessoas?

Importância fundamental. Sou ouvinte assíduo, no carro e em casa, com a vantagem de poder sintonizar no celular. Apesar da instantaneidade da informação das redes sociais, as emissoras, há bom tempo, oferecem mais com suas análises e interpretações das notícias. Mais do que nunca, o ouvinte de hoje precisa não só da informação, mas, pela complexidade da maioria dos fatos, de quem os interpretem.

Como você está acompanhando e irá acompanhar a nova programação da Pelotense?

Farei pela rede social, a forma mais simples, pois o rádio está intimamente vinculado à telinha do computador. Parabéns à direção da empresa, aos companheiros da emissora e sucesso na nova jornada.

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