Servidores estaduais protestam em Pelotas

Manifestação

Servidores estaduais protestam em Pelotas

Luta pela reposição de 12% e melhorias no IPE Saúde lideram as reivindicações

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Servidores estaduais protestam em Pelotas
Grupo se reuniu no Mercado Central. (Foto: Jô Folha)

Em mais um ato organizado pela Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, cerca de 300 servidores de diferentes categorias estiveram reunidos no Largo do Mercado Central, em Pelotas, em ato público que demonstrou o descontentamento com o governo Estadual. O município foi um dos escolhidos por se tratar da terra natal do governador Eduardo Leite (PSD), e culmina com um grande encontro previsto para o dia 26 de agosto em Porto Alegre.

A unificação dos servidores, no ponto de vista dos organizadores do evento, converge para a principal demanda que é a revisão geral de salários de 12,14%, sendo que em 2022 foi feita uma correção de 6%, configurando uma defasagem de mais de dez anos. No palanque, a presidente do Cpers, Rosane Zan, disse ainda que o movimento é também em defesa do IP Saúde. “Nós da educação, no último período, temos tido muitas perdas, principalmente com as modificações que o governo Leite fez, tanto no plano de carreira do magistério, como no dos funcionários de escolas”, resume.

A presidente do 24º Núcleo do Cpers, com sede em Pelotas, Bernadete Seixas Mendes de Ávila, conta que foi feito um trabalho voluntário com os professores aposentados e a maioria teve vergonha de mostrar o contracheque. “Eu escuto eles me dizeres: ou eu compro remédio ou eu compro comida. O nosso salário foi reduzido praticamente à metade”, desabafa. Há relatos ainda que funcionários de escolas estão com dupla jornada, pela perda do poder de compra.

Entre os diferentes sindicatos representados no ato de ontem, servidores da Polícia Civil pedem a valorização da categoria. “O governo não concedeu nenhum índice de reajuste nos quatro anos dele, e assim, o poder de compra das categorias foi abaixo. Tem gente com problema para pagar aluguel”, revela o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Castro.  Ele lembra que a Polícia Civil faz parte da Segurança Pública e os indicadores vem apresentando queda acentuada de criminalidade. “O governo se utiliza disso para fazer propaganda, nada mais justo. Mas os profissionais que fazem esse trabalho e contribuíram para a diminuição da criminalidade, não são valorizados. A gente precisa de reajuste salário”, reivindica.

Um problema enfrentado pela corporação é a perda de servidores para outras áreas através de concursos. “Estamos com um dos menores quadros da história da Polícia Civil”. Além disso, Castro lembra que além da perda do poder de consumo, os descontos com o IP Saúde foram reajustados, dependentes passaram a pagar mais e ainda sim, quando o servidor precisa de um especialista, não encontra, pois se descredenciaram.

Para o ato, que contou com bateção de panelas e muitas bandeiras e cartazes, na área da educação foram convocados os Núcleos de Montenegro, Rio Grande, Osório, São Leopoldo, Bagé, Canoas, Gravataí, Pelotas, Taquara, Guaíba, Porto Alegre e Camaquã. A primeira mobilização aconteceu em Santo Ângelo, depois Passo Fundo. Além de Pelotas, estão previstos encontros em Santa Maria, Tramandaí e Porto Alegre.

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