Pelotas é hoje um dos grandes polos tecnológicos do Rio Grande do Sul, talvez do Brasil. Nos tornamos um solo fértil para startups, com empresas que são vendidas por milhões de reais, criam soluções, especialmente na área da saúde e tecnologia, e cérebros “tipo exportação”. Os cientistas e empreendedores aqui formados são constantemente demandados país afora e até no exterior, e temos casos de perda de pesquisadores para outros países justamente por isso. O que alimenta um cenário tão promissor? O estímulo ao intelecto.
Estamos em uma cidade culturalmente forte desde suas raízes, com berço em diversas nações e etnias. Isso forma uma cidade variada por si só. E, nas últimas décadas, nossas universidades ganharam força como nunca, atraindo mais gente de fora. Todo esse intercâmbio de ideias proporciona o desenvolvimento e permite a evolução. É através da troca, dos debates, que filosofamos, raciocinamos e crescemos. E é isso o que nossa comunidade tem feito nas escolas e universidades. São centenas de cursos, dezenas de milhares de estudantes e cérebros com ideias saltando por aí. É natural ter resultados.
Mas, para isso não ser uma fase e se tornar um carimbo, uma nova identidade de uma cidade que busca sua vocação principal após alguns tropeços econômicos, é fundamental o estímulo. É nisso que iniciativas como o Robopel fazem a cidade voar. Ao apostar na formação de base, ao incutir a curiosidade e a atenção pela ciência e tecnologia nas crianças e adolescentes, formamos o adulto do futuro. Alimentamos o empreendedor que terá a próxima startup milionária do Candy Valley. Plantamos a semente da empresa que vai gerar empregos, riqueza e impostos.
Uma sociedade que quer mudar sua identidade precisa fazê-lo prioritariamente pela base. Formar as crianças que serão o adulto que, de fato, fará o mundo ser diferente. É assim na educação ambiental, é assim na ciência, é assim no comportamento e no empreendedorismo. O Robopel é um dos grandes acertos da cidade nas últimas décadas e, através dele, certamente Pelotas colherá frutos fantásticos no futuro.