Há 177 anos
Morreu em Paris em 28 de junho de 1848 o pintor, professor e desenhista Jean-Baptiste Debret. O francês integrou uma Missão Artística Francesa (1817), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde ele lecionou.
De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), com 153 pinturas e aquarelas, documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século 19. Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da atual bandeira do Brasil, adotada em 19 de novembro de 1889.
Pelota e Pelotas
O legado artístico de Debret passa também por Pelotas, que ele visitou e fez registros históricos sobre o trabalho escravo nos saladeiros pelotenses. Em suas andanças pelo Brasil, durante sua estada de 15 anos no país, também fez outro importante registro, o da utilização da pelota, uma embarcação de couro, que deu origem ao nome singular do município.
Sobre a pelota ele escreveu: “É um couro de boi dobrado na sua largura e cosido nas duas extremidades de maneira a formar um saco mais largo do que fundo, cuja abertura é mantida colocando-se solidamente dois pedaços de pau transversalmente, sete polegadas abaixo do bordo; o saco adquire assim, embora de um modo imperfeito, a forma alargada do bote na sua parte superior, podendo flutuar sem dificuldade; a parte mergulhada dentro d’água, gradualmente afinada até a dobra que serve de quilha, mantém naturalmente o equilíbrio”.
Fontes: Dicionário de História de Pelotas.
Há 100 anos
Imprensa lembra de dois importantes políticos
A imprensa local lembrou que o dia 29 de junho marcava o nascimento do político Júlio de Castilhos, ex-presidente (governador) do Estado, que se estivesse vivo completaria 65 anos, e a morte do ex-presidente militar do país, Floriano Vieira Peixoto, em 1895.
Castilhos, nascido em Cruz Alta, foi presidente do Rio Grande do Sul por duas vezes. Era positivista e disseminou esse ideário. Seu primeiro mandato foi curto, de 15 de julho de 1891 a 12 de novembro do mesmo ano, quando foi deposto por um golpe de estado.
Cerca de um ano depois, Júlio de Castilhos disputou nova eleição (sem concorrentes), e voltou a ocupar o antigo cargo. A posse ocorreu em 25 de janeiro de 1893. Neste mesmo ano, começa a enfrentar a Revolução Federalista, de tendência parlamentarista.
Este conflito foi vencido por seus partidários, os ximangos, e a paz foi assinada em Pelotas, em 1895.
Castilhos morreu prematuramente em 1903, vítima de câncer na garganta. A última casa em que viveu foi adquirida pelo governo do Estado em 1905, quando ali instalou o Museu Júlio de Castilhos, no centro de Porto Alegre.
Marechal de Ferro
Peixoto, conhecido também como “O Marechal de Ferro” ou “Consolidador da República”. Foi o segundo presidente da República, exercendo o cargo entre 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894. Ele sucedeu a Deodoro da Fonseca.
Há 25 anos
Assembleia Legislativa aprova lei que eleva Pelotas a patrimônio do Estado
A Assembleia Legislativa aprovou com o voto unânime dos 45 parlamentares presentes, o projeto de lei do, então, deputado Bernardo de Souza (PSB) que declarava áreas históricas de Pelotas como patrimônio cultural do Estado. A votação ocorreu em 28 de junho de 2000.
“Esta iniciativa, ao reconhecer e valorizar o patrimônio cultural, terá o efeito de contribuir para a reconquista da auto-estima coletiva e de oferecer instrumentos à construção de um círculo virtuoso que enlace o passado e presente num projeto para o futuro”, falou o proponente.
Na justificativa do projeto, Bernardo de Souza alinhou fatos históricos do município ao desenvolvimento de sua arquitetura peculiar. “Esta expressão arquitetônica e seus objetos do passado, assim como a declaração, têm de servir como armas para o incremento da indústria do turismo e para o desenvolvimento do município e da Zona Sul”, disse o deputado.
Prefeito duas vezes
Natural de Pedro Osório, Bernardo Olavo Gomes de Souza também foi prefeito de Pelotas por dois mandatos, 1983-1987 e de janeiro de 2005 a junho de 2006. No ano em que reassumiu o mandato de prefeito foi diagnosticado com uma rara doença neurodegenerativa da família Parkinson-plus.
Depois da renúncia ao cargo, em 2006, Souza se retirou da política. A morte ocorreu em 16 de junho de 2010, em decorrência de uma infecção generalizada, aos 67 anos.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense.