Oscilação no nível da Lagoa dos Patos mobiliza prefeituras

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Oscilação no nível da Lagoa dos Patos mobiliza prefeituras

Na tarde desta sexta-feira, a lagoa ultrapassou a cota de inundação em Rio Grande

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Oscilação no nível da Lagoa dos Patos mobiliza prefeituras
Água começa a invadir ruas no Pontal da Barra. (Foto: Jô Folha)

A previsão de grande volume de chuva para a Metade Norte do Estado a partir deste sábado (28) fez com que prefeituras margeadas pela Lagoas dos Patos adotassem medidas preventivas. Em Rio Grande, a estação do CCMar apontou, na tarde de sexta-feira (27), que a Lagoa dos Patos atingiu 91 centímetros (cm), 11 cm acima da cota de inundação e a rua Marechal Deodoro alagou novamente.

Com a oscilação da laguna, a prefeitura de Pelotas adotou medidas de contenção. No sábado, às 9h, haverá uma reunião da prefeitura, no Restaurante e Petiscaria Nani, para tratar de ações emergenciais na iminência de fortes chuvas. Participam secretários municipais, Defesa Civil do Estado, forças de segurança e universidades.

As ações de sexta foram de nivelamento do dique do Valverde, com a recomposição de pontos mais baixos, o levantamento de uma estrutura de contenção com areia para aumentar a proteção na orla da praia e o reforço em pontos da avenida Arthur Augusto Assumpção para barrar a entrada de água pelo banhado. De acordo com o prefeito Fernando Marroni (PT), o momento demanda atenção e responsabilidade, embora não haja indícios de evento semelhante à enchente de 2024. “É um trabalho preventivo, planejado com responsabilidade, para que estejamos preparados caso o nível da água se eleve nos próximos dias. Nosso objetivo é garantir segurança, tranquilidade e transparência para a população”, explicou.

Em Rio Grande, o nível da Lagoa vem aumentando e da manhã de sexta-feira até o final da tarde subiu sete centímetros, chegando a 91 cm, ou seja, acima da cota de inundação. Além da rua Marechal Deodoro que alagou, as áreas consideradas de risco são as ilhas da Torotama, dos Marinheiros, do Leonídio e zonas ribeirinhas da cidade.

A professora do Instituto de Oceanografia da Furg, Elisa Helena Fernandes, explica que o nível em Rio Grande está oscilando em torno da cota de inundação em função dos ventos de Sudoeste fracos que estão atuando desde quinta-feira. “Mesmo com ventos do quadrante sul, a Lagoa estava vazando 10 mil metros cúbicos por segundo, o que corresponde cinco vezes a mais que a média normal, o que é muito positivo para o esvaziamento do sistema. Neste domingo, entretanto, teremos ventos de quadrante sul bem intensos e talvez esta vazante diminua”, prevê.

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