Com uma história centenária, o Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas foi fundado em 4 de junho de 1918. A entidade foi criada na esteira do projeto civilizador e progressista republicano, com objetivo de servir aos ideais de uma “equiparação cultural do Brasil aos países mais avançados da Europa”. Esta foi a primeira instituição oficial fundada especialmente para o ensino da música no município, a segunda entidade no gênero no Rio Grande do Sul e a quinta no país.
A entidade privada rapidamente foi acolhida pela comunidade e começou a mostrar serviço. No início das atividades eram ministradas aulas de piano, violino, canto, teoria e solfejo. Porém, foi sob a direção de Milton de Lemos, no período de 1923 a 1954, que o Conservatório cresceu na sua atuação, servindo de palco para os mais celebrados artistas da música do Brasil e do exterior. Através da Sociedade de Cultura Artística (órgão do qual Lemos foi fundador) muitos desses concertos foram realizados.
Entre esses nomes, como Zola Amaro e Bidu Sayão, estava o do jovem barítono carioca Roberto Vilmar, que também era um ator muito popular, entre as décadas de 1920 e 1930. O cantor se apresentou no Conservatório em julho de 1924, em um concerto muito badalado pela imprensa local. Em solo pelotense o barítono ainda realizou uma audição de canto em benefício da Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
A importância do Conservatório de Música de Pelotas foi atestada há 20 anos, quando a entidade foi declarada integrante do Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul.
Fontes: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense e site do Conservatório.