Após a informação de que o União Brasil (UB) estaria em tratativas para entrar no governo do prefeito Fernando Marroni (PT), o vereador Cristiano Silva diz que o partido não será a base do governo.
Silva afirma que houve um convite pessoal para que o vereador Marcos Ferreira, o Marcola, vá para a secretaria de Habitação. “O partido não [vai entrar para o governo], é uma liberação para o vereador, que sinalizou que tem o interesse. Ainda não conversamos se ele vai aceitar esse convite”, afirma.
Como publicado pela coluna, Marcola disse que foi convidado para o cargo, mas que a decisão depende do partido. O líder do governo, Jurandir Silva (PSOL) confirmou as conversas e a entrada do UB no governo.
O vereador sustenta que o partido continuará sendo independente e aberto ao diálogo com a gestão. “Todos os projetos que são bons para a cidade, o União Brasil estará junto, independente do partido que estiver no governo”, diz. “Se o partido entender que é bom para a cidade, vamos apoiar, e é isso que estamos conversando com o governo, mas fazer parte da base não”, reforça.
Sobre o projeto para autorizar o financiamento de R$ 125 milhões para a construção de duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), o vereador diz que a proposta é importante e que irá votar a favor. “Entendo que quando a gente não tem dinheiro, temos que buscar esses valores de alguma forma, ainda mais para tratamento de esgoto, que é saúde e qualidade de vida para as pessoas”, diz.
Silva defendeu diálogo entre governo e os partidos (foto: Fernanda Tarnac)
Ele critica, no entanto, a falta de diálogo do governo para explicar o projeto. A proposta está em tramitação desde o começo de abril, mas somente na semana passada servidores do Sanep foram à Câmara para tirar as dúvidas dos vereadores. “Essa proximidade e esse diálogo que estamos tendo é o que está melhorando. A gente quer isso, eu tenho uma ótima relação com as pessoas do governo, mas está faltando esse diálogo”, diz.
Após esses sinais de aproximação do governo com os vereadores, Cristiano Silva diz esperar que as hostilidades que marcaram o primeiro semestre do Legislativo sejam superadas. “Isso que estava acontecendo é muito ruim para a Câmara de Vereadores, é muito ruim para o Executivo, e é pior ainda para o município. Temos que ter a sintonia de trabalharmos juntos”, afirma.
