Os dois processos em tramitação na Comissão de Ética da Câmara de Pelotas deverão ouvir os depoimentos de novas testemunhas nas próximas semanas. Em ambos os casos, os relatores dos processos afirmam que desejam concluir os relatórios antes do recesso parlamentar de 15 dias, no final de julho.
No caso do processo contra Cauê Fuhro Souto (PV), o relator do caso, Marcelo Bagé (PL), afirmou que foram convidadas seis testemunhas para serem ouvidas em uma data a ser agendada. Bagé não revelou os nomes dos convidados.
Cauê foi denunciado pela indicação de uma emenda de R$ 625 mil para uma associação em que o próprio irmão aparece como presidente. A situação também é investigada pelo Ministério Público, que denunciou o vereador à Justiça por falsidade ideológica no final de abril.
Já no caso da vereadora Fernanda Miranda (PSOL), abordada por policiais com dois cigarros de maconha em um evento de carnaval, já foram ouvidos dois agentes envolvidos na autuação. Outras duas policiais que participaram da abordagem também vão ser ouvidas, de acordo com o relator, o vereador Marcola.
Além disso, a defesa da vereadora também deverá protocolar o pedido para ouvir os depoimentos de pessoas que a acompanharam na ocasião.
O Código de Ética da Câmara prevê três tipos de punições aos vereadores: advertência, suspensão temporária do exercício do mandato e a perda do mandato. Nos bastidores, parlamentares dizem esperar que, em ambos os casos, seja aprovada uma punição mais branda de, no máximo, suspensão temporária.
