O final de semana foi de reforço na campanha de imunização contra a Influenza em Rio Grande. Mesmo com a disposição de cinco pontos extras de vacinação, entre sexta (13) e domingo (15), a procura foi baixa, totalizando 700 doses aplicadas, entre as duas mil que foram disponibilizadas para a ação. Ainda assim, a cidade supera a região e o Estado na cobertura vacinal do grupo de risco para a gripe.
De acordo com o boletim atualizado ontem pelo Ministério da Saúde, Rio Grande aplicou, desde o início da campanha contra a Influenza, 52.715 doses da vacina, com 47,76% do público prioritário (idosos, crianças e gestantes) imunizado. A cobertura no Rio Grande do Sul deste grupo está 45% e da Região de Saúde (R21) – que engloba 21 municípios da Zona Sul – em 41,5%.
Conforme estes dados, 53,5% dos idosos rio-grandinos receberam a dose contra a gripe nesta campanha, 31% das crianças e 30% das gestantes. Ainda assim, os números, tanto da cidade quanto do Estado, estão bem abaixo dos 90% de cobertura vacinal do grupo prioritário recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na avaliação da Vigilância em Saúde de Rio Grande, a promoção de ações nos finais de semana, em pontos de grande circulação de pessoas, potencializou o acesso aos imunizantes.
Ampliação de horários
Nesta semana a Secretaria da Saúde (SMS) de Rio Grande ampliou os horários de vacinação em três Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). Na UBS Rita Lobato, a imunização estará disponível das 17h às 21h, e nos postos Quinta e Profilurb, das 19h às 22h.
O objetivo é facilitar ainda mais o acesso daqueles que, por indisponibilidade de horários, ainda não conseguiram ser vacinados contra a influenza e, assim, alcançar a meta de proteção dos grupos vulneráveis e da população em geral, uma vez que as doses estão disponíveis para todos os públicos a partir dos seis meses de idade.
Ocupação de leitos
Um fator que preocupa com a baixa vacinação é o aumento da ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), ocasionados pelo agravamento de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
No momento, a Santa Casa de Rio Grande está com 98,46% dos leitos clínicos ocupados. A instituição esclarece que não tem leitos específicos destinados à internação de pacientes com SRAG. No entanto, todos os casos são avaliados e atendidos conforme os protocolos clínicos vigentes e com a estrutura disponível pelo Complexo, que compreende o Hospital Geral e o Hospital de Cardiologia e Oncologia.
No Hospital Universitário da Furg, dos 213 leitos disponíveis, três estão ocupados com pacientes com H1N1 (UTI adulta e pediátrica) e oito com algum quadro de síndrome respiratória, que esperam resultado de exames laboratoriais para saber se enquadram-se em Influenza. De acordo com a instituição, a ocupação não é considerada preocupante, mas as internações por SRAG aumentaram consideravelmente.
Com relação à ocupação de leitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e na Atenção Primária de Rio Grande, a SMS não informou os percentuais até o encerramento desta matéria, mas esclareceu que os dados de ocupações nos hospitais são de responsabilidade das instituições, uma vez que a cidade não tem uma gestão plena em Saúde.