Retrocesso inaceitável

Editorial

Retrocesso inaceitável

Retrocesso inaceitável

É lamentável a região inteira ser impactada com o fim dos voos diretos da Azul para Campinas. Uma linha extremamente estratégica, uma vez que nos colocava a menos de duas horas do centro do país. Agora, só sobram os voos da Latam e a operação da Azul para Porto Alegre. É um recuo em um momento delicado, já que a Zona Sul mira expansão logística em diversas frentes e as linhas aéreas são fundamentais para, entre outras coisas, o avanço do porto de Rio Grande.

A perda de uma linha impacta diretamente no desenvolvimento regional, mas não pode ser motivo de desmobilização. Ainda temos um porto em constante expansão e em curso de se tornar a grande referência macroeconômica de toda a metade Sul do país, se as coisas evoluírem dentro da questão do petróleo, do gás e da geração de energia limpa. Temos, ainda, outras linhas no aeroporto de Pelotas, que deverão ser demandadas mais vezes. E precisamos, urgentemente, trabalhar na questão ferroviária para que as linhas sejam aprimoradas. Nas rodovias, a conclusão de obras avança de forma lenta, mas avança.

Tudo isso acima posto, é natural que a logística seja uma das grandes forças da nossa região a curto e médio prazo. Estamos perto de tudo e todos através dos nossos modais. Por isso, aprimorar eles é tão importante. Por isso, um retrocesso em linhas aéreas é tão incômodo. Embora não seja por culpa da região, já que as questões financeiras da Azul que geraram a decisão, não deixa de doer aqui ver tal situação.

A autoestima não pode ser afetada por isso. Mas é importante que nossa região não aceite nenhum retrocesso calada. É importante que sejamos unidos, barulhentos e que demandemos sempre pautas que beneficiem nosso desenvolvimento. Esse deve ser o foco em todas as frentes e, a cada recuo, é importante que a mobilização se fortaleça para estancar e reverter os cenários.

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