Por Cíntia Piegas
Há 50 anos
A implantação das BRs 101 e 473 estava entre as principais reivindicações que a diretoria da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) levaria a Brasília, principalmente ao ministro dos Transportes, Dirceu Nogueira, em junho de 1975. A justificativa para a demanda era de que elas dariam melhores condições de escoamento das safras da Zona Sul e que são consideradas de importância capital para o desenvolvimento de vários municípios.
Na agenda das petições – segundo informou o secretário executivo da entidade na época, Élbio Abreu ao jornal Diário Popular, em nome do presidente João de Deus Nunes, prefeito de Canguçu – estavam as visitas que fariam ao Ministério da Educação e Cultura e ao Ministério da Indústria e Comércio.
Na entrevista que a Azonasul teria com o ministro Ney Braga, do MEC, seria solicitada a liberação de recursos para vários dos 18 municípios filiados à entidade. Para o mesmo Ministério seriam encaminhados vários processos solicitando a construção de escolas no meio rural, que posteriormente, dariam suporte e estímulo às metas governamentais no setor educacional.
No Ministério da Indústria e Comércio, a Associação dos Municípios da Zona Sul iria pleitear apoio às autoridades da área federal para as suas reivindicações no sentido de ser implantada uma indústria salineira em Mostardas. Um projeto foi estudado indicando a viabilidade econômica do empreendimento pleiteado. A Azonasul aguardava ainda a apresentação de propostas de outros municípios, para que fossem anexadas à agenda da diretoria da entidade em Brasília.
Durante a entrevista concedida pelo secretário Executivo da Azonasul foi abordado o pedido da entidade ao secretário dos Transportes Paulo Nunes Leal. Abreu informou que manteve contato com autoridades do setor em Porto Alegre, onde tramita a petição. A sugestão para a possível utilização do porto do Barquinho, em Mostardas, pretendia-se à abertura de um canal de acesso inicialmente 30 metros de largura e 3,20 metros de profundidade mínima, representando isso uma dragagem de aproximadamente 30 mil metros cúbicos.
O Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais, (DEPRC) com relação ao projeto de construção do porto do Barquinho, na Lagoa dos Patos, cujo projeto original, parcialmente executado, foi elaborado em 1947, informou que a solicitação estava sendo objeto de estudo, e que as obras seriam executadas em breve. Os molhes de contenção do porto dos Barquinhos foram construídos em 1978 e hoje o local é explorado turisticamente.
Há 45 anos
4º Salão de Arte seria no Clube Diamantinos
No início de junho de 1980 ficou definido que o 4º Salão de Arte de Pelotas, promovido pela 5ª Delegacia de Educação (5ª DE) e previsto para acontecer na última semana de outubro, seria no Clube Diamantinos.
A informação prestada pelo jornal Diário Popular dava conta ainda que faltavam alguns acertos junto à diretoria do Clube em relação à data exata de realização do Salão e área que seria ocupada pelas peças que integrarem a promoção. O professor Nelson Abott de Freitas, coordenador do 4º Salão, disse que naquele ano, seria excluída a categoria Propostas, e incluída a de Fotografias, mantendo-se Desenho, Pintura, Artes Gráficas e Escultura.
Nelson Freitas explicou ainda que os artistas deveriam entregar três obras dentro de cada categoria, e que os regulamentos do 4º Salão poderiam ser encontrados na 5ª DE, junto aos órgãos de comunicação que apoiam a promoção e no Instituto de Artes da UFPel.
A Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo enviou correspondência à coordenação do Salão propondo a inclusão desta iniciativa da 5ªDE no calendário de eventos culturais do Estado.