Novos leitos devem ficar para o final de junho

Emergência em saúde

Novos leitos devem ficar para o final de junho

Pelotas registrou aumento de doenças respiratórias nas últimas semanas

Por

Atualizado segunda-feira,
02 de Junho de 2025 às 18:47

Novos leitos devem ficar para o final de junho
A tendência é de que esses leitos sejam abertos na Santa Casa. (Foto: Jô Folha)

O aumento de casos de doenças respiratórias em Pelotas levou à publicação de um decreto de situação de emergência em saúde pública, anunciado no fim da última semana. Enquanto algumas medidas de contenção já entraram em vigor, a abertura de novos leitos deve ser concluída somente no fim deste mês.

Segundo a secretária de Saúde, Ângela Vitória, já houve a ampliação de atendimentos pediátricos na Ubai Navegantes, entre 16h e 21h, e já há quatro médicos atendendo na UPA Areal. Nos próximos dias, serão definidas as UBSs que terão atendimentos com horário estendido,

A partir do sábado, a Ubai Navegantes terá atendimentos do meio-dia à meia-noite e também é planejada a abertura das outras unidades aos finais de semana, entre 7h e a 1h da madrugada.

Desafio dos novos leitos

Uma das medidas mais importantes para conter a crise é a abertura de novos leitos, o que deve demorar pelo menos até o fim do mês. Segundo a secretária, o edital para a contratação de 20 leitos clínicos e 10 leitos de UTI depende de aprovação do Conselho Municipal de Saúde (CMS), o que deve ocorrer nesta semana.

Ao todo, serão R$ 2,4 milhões destinados à compra dos 30 leitos até o mês de dezembro. A tendência é de que esses leitos sejam abertos na Santa Casa. De acordo com a secretária, serão utilizados os recursos encaminhados pela Câmara de Vereadores e as emendas parlamentares destinadas aos atendimentos de alta complexidade.

O valor estimado pela secretária é de R$ 24 mil por mês para cada leito clínico e de R$ 80 mil para leito de UTI, um valor maior do que era previsto no recurso repassado pela Câmara, de R$ 10 mil por leito clínico por três meses.

Até que os novos leitos sejam abertos, a estratégia da secretaria será a regulação de pacientes de outros municípios que estão sendo atendidos em Pelotas possam retornar a suas cidades para receber tratamento.

Tendência é de piora no quadro

A secretária Ângela afirma que os atendimentos por síndromes respiratórias mais que dobraram nos últimos meses, mas esse aumento ainda não se refletiu nas internações. Segundo ela, a maioria dos casos são de influenza A H1N1. “Vai ter um número grande de pessoas com sintomas, mas não tão grande de hospitalizados. Muitas vão ter pneumonia, amigdalite, otite, sinusite, que pode se tratar em casa”, explica.

Ângela também reconhece que a tendência é de que a situação piore. “Parece que o cenário está tranquilo, mas daqui a pouquinho vai piorar muito. Em Pelotas, diferente da região metropolitana, em janeiro a gente já estava com problema de leitos”, explica

Acompanhe
nossas
redes sociais