Como iniciou a Banca 51 e quais seus produtos?
Compramos a loja em 2019, era uma banca só e nós ampliamos o espaço e também abrimos mais um café na frente. O Mercado Central tem muitos turistas e eles querem levar produtos daqui e nós trabalhamos basicamente somente com produtos da nossa região de indústrias familiares.
A maioria são produtos da região, os vinhos nós optamos por trabalhar só com os da campanha gaúcha, a região que abrange Bagé, Piratini e Dom Pedrito, para ser um diferencial, o que não tem nos supermercados a gente tem aqui. Quem quiser um vinho diferente, temos o da campanha gaúcha, que não se encontra em qualquer lugar.
Quais os produtos mais comercializados?
O nosso carro-chefe são os queijos, temos uma variedade de mais de 50 queijos, a maioria da região. Mas também temos importados. Os azeites também são produtos que a gente vende bastante, temos os de Canguçu que são premiados, o Potenza foi eleito o melhor azeite do hemisfério sul.
Por que tu achas que a busca é tão grande por queijos?
Hoje está tudo muito industrializado e as pessoas querem aquela coisa mais caseira, elas procuram os queijos que não tenham a mistura de amido de milho, que a maioria tem. E aí tu pega um queijo colonial com leite 100% de vaca, o público acaba gostando mais. E os queijos, elas provam na hora, tem degustação.
Como é essa conexão do comércio com agroindústrias familiares?
O mais legal é que a gente vê quantas pequenas empresas têm. Tem uma queijaria de Pedras Altas, que é de um assentamento que faz queijos com receitas que franceses ensinaram para eles. A gente também tem o charque de Pelotas, que era uma dificuldade porque a gente não tinha charque aqui na terra das charqueadas.
Como funciona a banca de café?
Nós vendíamos café a granel nesse espaço aqui, mas misturava muito o cheiro do café com os queijos, salames, aí abrimos do outro lado também para ter o aroma único do café. Aumentou a demanda por cafés, o pessoal passou a enxergar mais.