Um projeto de lei do vereador Daniel Fonseca (PSD) quer declarar a Religião Evangélica como Patrimônio Cultural Imaterial de Pelotas. A proposta também foi assinada por Marcelo Bagé (PL).
Daniel Fonseca, que também é pastor, afirma que as igrejas evangélicas desempenham um papel social que vai além da religiosidade. “O impacto social pode ser observado na recuperação de vidas afetadas pela dependência química, na restauração de casamentos e famílias, na assistência material a pessoas em situação de vulnerabilidade, na ressocialização de apenados e no conforto espiritual oferecido a enfermos”, afirma.
“A religião evangélica em Pelotas representa não apenas uma expressão de fé, mas também uma força transformadora que contribui significativamente para o desenvolvimento social e humano do município”, diz o vereador.
Fonseca aponta que a história das igrejas evangélicas em Pelotas começou em 1921, com a chegada da Igreja Presbiteriana. Atualmente, as igrejas evangélicas se expandiram e possuem dezenas de denominações, em especial com o crescimento das igrejas pentecostais e neopentecostais nas últimas décadas.
Em 2010, de acordo com o Censo do IBGE, Pelotas tinha cerca de 70 mil evangélicos, representando 21% da população, percentual que provavelmente será maior no Censo de 2022, cujos dados sobre religião ainda não foram divulgados.
Se aprovada, não será a primeira vez que uma religião é considerada patrimônio em Pelotas. Em 2023, uma lei proposta por Antônio Peixoto (PSD) declarou a cultura, a religião e a tradição do Povo de Terreiro e as Comunidades Tradicionais de Matriz Africana como Patrimônio Cultural Imaterial de Pelotas.