Municípios monitoram casos de raiva em bovinos
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Domingo15 de Junho de 2025

Atenção

Municípios monitoram casos de raiva em bovinos

Órgãos dizem que cenário não é alarmante, mas orientam produtores rurais e população na prevenção

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Municípios monitoram casos de raiva em bovinos
Confirmação da doença em Pinheiro Machado, com apenas um caso, acendeu alerta no agronegócio

Com a confirmação de um caso de raiva bovina em Pinheiro Machado, na divisa com o município de Piratini, a região passou a monitorar a situação de possíveis novas contaminações e subnotificações da doença nos rebanhos. As inspetorias sanitárias dos dois municípios estão trabalhando, neste momento, na orientação dos produtores quanto à importância da vacinação dos animais e da identificação dos sintomas.

Na análise do inspetor e médico veterinário de Pinheiro Machado, Diego Azeredo, o cenário não é alarmante e não há motivo para pânico. No entanto as equipes seguem monitorando a região, procurando identificar possíveis casos e locais que abrigam colônias de morcegos hematófagos, que são os transmissores da raiva. No caso confirmado no município, o restante do rebanho foi vacinado e o produtor orientado. Ele também não teve contato com o animal infectado.

Em Piratini, a situação também é considerada controlada. O médico veterinário e inspetor da vigilância sanitária do município, Luciano Lopes, reforça as ações de vacinação contra a raiva, em animais domésticos, que estão em propriedades na área de abrangência do caso detectado em Pinheiro Machado. Segundo ele, Piratini teve dois casos confirmados da doença neste ano, um em março e outro em maio. Outro caso teve material coletado nesta quinta-feira e deverá ser encaminhado para análise laboratorial.

Acompanhamento

O Sindicato Rural de Pinheiro Machado também reforça que não há necessidade para pânico, mas que acompanha a situação e orienta os produtores rurais no que for necessário. Segundo a Emater-RS, o Rio Grande do Sul registrou ao menos 72 focos de raiva bovina em 2024.

Principal prevenção é a vacina

A Extensionista Médica Veterinária da Emater em Piratini, Marina Sinott, reforça a importância do produtor conhecer a sua propriedade para que a inspetoria possa atuar de forma mais efetiva na captura de morcegos e identificação de possíveis casos, além de estarem preocupados com a vacinação dos rebanhos e animais domésticos. “É importante que as pessoas tenham consciência da importância da vacinação. Prevenção é a melhor estratégia”, reafirma.

O protocolo vacinal para raiva precisa ser de, pelo menos, duas vacinas, além da imunização anual contra a doença.

Saiba mais

O que é a raiva bovina?

É uma doença infecciosa viral aguda grave, que pode afetar animais e humanos, e tem letalidade de aproximadamente 100%. O principal vetor da raiva bovina é o morcego hematófago que, ao tentar se alimentar do sangue desses animais, causa lesões nos couros, os deixando suscetíveis ao desenvolvimento da doença. Ela é transmitida aos humanos pela saliva de bovinos infectados.

A morte do animal acontece, em média, entre cinco e sete dias após apresentar os sintomas.

Principais sintomas nos bovinos

  • Mudança de comportamento: agitação, falta de apetite, nervosismo, aparência de assustado;
  • O animal infectado costuma se isolar do restante do rebanho;
  • Fraqueza e paralisia dos membros;
  • Salivação abundante e dificuldade para engolir;
  • Dificuldade para se levantar.

Principais sintomas nos humanos

  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Náuseas;
  • Dor de garganta;
  • Entorpecimento;
  • Irritabilidade;
  • Inquietude;
  • Sensação de angústia.

Recomendações para produtores e rebanho:

  • Vacinação anual do rebanho;
  • Controle de animais silvestres e domésticos;
  • Acompanhamento veterinário;
  • Isolamento de animais com sintomas suspeitos.

Recomendações para a população:

  • Evitar contato com animais silvestres ou agressivos
  • Procurar assistência médica imediatamente em caso de mordida ou arranhadura por animais possivelmente infectados
  • Informar às autoridades em caso de animais encontrados mortos ou com sinais suspeitos

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