A pelotense Leandra Vitória Franco Rossales da Silva tinha completado 25 anos quando foi morta com um tiro no peito, disparado pelo então namorado, em agosto de 2023. Esta é uma das onze histórias contadas na exposição “Arrancadas de Nós – O feminicídio e as histórias que precisam ser contadas”, que está no saguão da Secretaria de Cultura, localizada na praça Coronel Pedro Osório, 2. A visitação ocorre até esta sexta-feira (16), das 8h às 14h.
No evento de abertura, realizado nesta quinta-feira (15), a deputada estadual Stela Farias (PT) afirma que a exposição foi idealizada para dar visibilidade à violência contra as mulheres. Segundo Stela, o Rio Grande do Sul já tinha números alarmantes, mas após o feriado de Páscoa, quando ocorreram doze feminicídios, falar sobre esse assunto ficou ainda mais urgente. “A secretária de governo pediu para trazer a exposição para a cidade, e agora pensamos em ampliar sua duração e levá-la a escolas e praças públicas”, disse Farias.
A secretária de governo de Pelotas, Miriam Marroni, frisa que é preciso trabalhar nas escolas para evitar que as crianças cresçam machistas. A secretária de Políticas para as Mulheres, Marielda Medeiros, enfatizou a importância da exposição. “A sociedade precisa colaborar conosco, denunciar e divulgar os serviços disponíveis para vítimas de violência”, afirmou.
Maiza Franco, mãe de Leandra Vitória Franco Rossales da Silva, destaca o impacto da iniciativa. “É muito doído, mas estamos dando vozes a quem não tem mais voz. Elas precisam de alguém que fale por elas para que não aconteça novamente”, disse.