Operária da fábrica de cigarros Ritter era sequestrada

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Operária da fábrica de cigarros Ritter era sequestrada

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Há 100 anos

Um sequestro assustou e mobilizou os funcionários da F.C.Ritter (manufatura de cigarros e fábrica de café), que ficava na rua Santa Cruz, 811, esquina Doutor Cassiano (conforme localização, em maio de 1925). Por volta das 18h, quando os funcionários saíam do estabelecimento, a menor Francisca Mescke, 16, filha de Justiniana Mescke, moradora da rua Félix da Cunha, 361, foi sequestrada.

Francisca estava entre as colegas de trabalho, quando foi pega por Odorico Soares dos Santos e Jovino Vetromillo, conhecido pelo apelido de “Goela de Aço”. A dupla arrastou a jovem até o carro de número 459, sob a mira do revólver de Odorico.

Os sequestradores levaram Francisca a todos os prostíbulos da cidade e em nenhum deles o trio foi aceito. Por volta das 19h, eles foram encontrados e os homens presos. Francisca foi examinada pelo médico Victor Russomano, que constatou que a operária não tinha sido violentada.

Caso pensado

Um dia depois, em entrevista à imprensa, Odorico disse que era namorado de Francisca e que teria feito o sequestro para ser obrigado a se casar com ela. O objetivo do sequestrador foi alcançado e a mãe da adolescente aceitou a união. Porém as autoridades prometeram agir com rigor contra “Goela de Aço”, pois, de acordo o relato das testemunhas, estava provado que ele tinha sido conivente com o fato.

Fábrica Ritter era uma das diversas do setor tabagista que cresceram em Pelotas desde o século 17

Para saber

A indústria do fumo começou a prosperar em várias cidades brasileiras no final do século 17. “Em Pelotas além da manufatura de cigarros existia um grande comercio de fumo, entre as indústrias pelotenses podemos lembrar: A Fábrica de Fumos São Raphael; A Grande manufatura de fumos de Garibaldi Gentilini; Fábrica Confiança; Grande manufatura de fumos e cigarros F.C. Ritter; Fábrica União e Fábrica de Fumos Santa Cruz.

Muitos adentraram neste negócio, entre eles o escritor pelotense Simões Lopes Neto, que construiu uma fábrica de cigarros de marca ‘Diabo’, o que gerou grandes protestos de religiosos na época”, descreve o site Banquete Maçônico.

Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

Há 40 anos

Reconhecimento ao Núcleo de Combate ao Câncer

O núcleo local da Liga Feminina de Combate ao Câncer participou, em Porto Alegre, de encontro que contou com a presença de representantes de 34 núcleos do interior do Estado. No evento, a representação pelotense recebeu o cartão de prata em homenagem e reconhecimento pelo eficiente trabalho desenvolvido no município.

Liga Feminina mantém atuações em Pelotas

Representou o núcleo local a presidenta Cecy Berndsen e a tesoureira Yayá Xavier. Os trabalhos foram conduzidos pela presidenta da Liga no Rio Grande do Sul, Lygia Pratini de Moraes, e teve como palestrante o médico Heitor Cirne Lima que falou sobre a prevenção do câncer de colo do útero e o de mama.

A palestra buscava conscientizar a população da importância dos exames de prevenção, como os que a Liga colocava e ainda mantém à disposição de Pelotas. Cirne Lima elogiou o trabalho desenvolvido por senhoras que, com muita responsabilidade, se filiaram aos grupos da Liga Feminina de Combate ao Câncer.

Para saber

No dia 10 de setembro de 1954, ocorreu na Bibliotheca Pública Pelotense a primeira reunião com o objetivo de Instalar a Campanha de Combate ao Câncer e de fundar um núcleo da Liga em Pelotas.
Atualmente, a LFCC mantém um ambulatório, na avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, onde uma médica voluntária realiza em torno de 40 exames mensais, de prevenção ao câncer ginecológico.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

Há 50 anos

Prefeitura lança edital para pavimentar bairros

A antiga Secretaria Municipal de Obras e Viação lançou os editais para a pavimentação do bairro Carlos Treptow, Núcleo Getúlio Vargas e Vila Gotuzzo. As propostas concorrentes de todas as etapas seriam avaliadas em datas diferentes até 30 de maio de 1975 e a previsão era de início imediato das obras.

De acordo com o planejamento da Secretaria, a primeira etapa da pavimentação da vila Gotuzzo abrangeria as ruas Caetano Gotuzzo, Demétrio Ribeiro e Almirante Landim, num total de 17 metros quadrados. No bairro Carlos Treptow o calçamento se iniciaria pela rua Armando Sicca, num total de três mil metros quadrados.

No Núcleo Getúlio Vargas, a rua Raimundo Corrêa seria caçada com pedra irregular. Ainda naquela época a pavimentação da segunda pista da avenida Domingos de Almeida estava parada à espera de mil metros de meio-fio de concreto. Segundo o secretário, engenheiro Carlos Augusto Ackermann, havia sido autorizado o lançamento de licitação.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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