Motoristas de ônibus de Rio Grande decidem por greve

Paralisação

Motoristas de ônibus de Rio Grande decidem por greve

Serviço pode ser paralisado na segunda-feira; medida é contestada pela empresa responsável

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Motoristas de ônibus de Rio Grande decidem por greve
Empresa contesta posicionamento do sindicato e diz que há acordo sobre motoristas que cobram tarifa.

Através de um vídeo postado nas redes sociais, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Rio Grande, Fábio Machado, informou que foi aprovado o indicativo de greve dos motoristas do transporte coletivo. Com 104 votos favoráveis, 63 contrários e dois nulos, foi informada a paralisação dos ônibus a partir de segunda-feira. O sindicato aguarda uma nova conversa com a Transpessoal, empresa responsável pelo serviço no município.

De acordo com a categoria, é reivindicada a implantação de um plano de saúde para os trabalhadores, pagamento de diárias para os motoristas que também realizam a cobrança das passagens, reajuste salarial de 10% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e recuperação de perdas salariais do período entre 2020 e 2025.

No entanto, por ter sido decidida através de votação, sem a realização de uma assembleia-geral entre os membros e dos trâmites legais, além de não ter unanimidade na decisão, a greve poderá ser considerada ilegal.

Posicionamento da Transpessoal

O sócio-administrador da empresa permissionária do transporte coletivo de Rio Grande afirma que o salário de motorista, pago em abril, já constou com o reajuste reivindicado pelos trabalhadores, junto ao ticket alimentação.Em nota conjunta com o sindicato patronal da categoria, a Transpessoal afirma que em 2022 já havia feito um acordo coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para contratar 103 motoristas para dirigirem e cobrarem a tarifa.

Sobre o plano de saúde, afirma que também foi objeto de negociação no TRT em 2024, sendo acordado que seria incluído no edital de licitação do transporte coletivo (ainda sem previsão), com repasse na tarifa.

Ao reafirmar o compromisso do constante diálogo com os trabalhadores da categoria, empresa e sindicato contestam o posicionamento exposto pelo sindicato rio-grandino nas redes sociais. “Fica claro que, além de não estarem sendo respeitados os dispositivos legais vigentes, os pedidos já foram objeto de negociações anteriores”, diz a nota.

Determinação do TRT

O secretário de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança de Rio Grande, Juarez Pinheiro, afirma que segue atento à situação do indicativo de greve, de forma a assegurar que os usuários do transporte não tenham prejuízos. Além disso, o secretário diz acreditar que a paralisação não deverá sustentar-se por determinações anteriores do Tribunal Regional do Trabalho. “Há uma determinação do TRT de que, por ser um serviço essencial, deverá ser garantida 30% da frota de ônibus circulando na cidade em horários normais e ao menos 70% em horários de pico, por isso acreditamos que a greve não se sustenta”, afirma.

A prefeitura de Rio Grande reforçou, via nota, que não tem relação direta com as decisões tomadas entre empresa e trabalhadores.

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