Rio Grande aposta em planejamento estratégico para alavancar o desenvolvimento

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Rio Grande aposta em planejamento estratégico para alavancar o desenvolvimento

Vitor Magalhães avalia primeiros 120 dias de gestão à frente da Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Economia do Mar

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Rio Grande aposta em planejamento estratégico para alavancar o desenvolvimento
Magalhães diz que um dos focos é fortalecer o empreendedorismo local. (Foto: Divulgação)

Os primeiros 120 dias de Vitor Magalhães à frente da Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Economia do Mar de Rio Grande foram focados no planejamento para os próximos anos de gestão. Conforme ele, o município precisa se preparar para direcionar os esforços de atração de investimentos com base em critérios técnicos e estratégicos de sua vocação.

A partir desse planejamento inicial, a Secretaria passou a identificar os caminhos que devem ser trilhados para transformar o potencial de Rio Grande em desenvolvimento efetivo. “Se eu souber onde eu estou e onde eu quero chegar, fica mais fácil de traçar o caminho”, argumentou Magalhães.

Outro foco da pasta nesse período inicial foi o fortalecimento do empreendedorismo local, especialmente das micro e pequenas empresas. Para isso, a gestão investiu na qualificação da Sala do Empreendedor, que passou a implantar a certificação ISO 9.001, buscando um modelo de excelência na gestão privada.

Como você avalia os primeiros 120 dias à frente da Secretaria?

Nesses primeiros 120 dias de Secretaria, o trabalho maior foi de planejamento da gestão, o que se espera da Secretaria de Desenvolvimento para esse quadriênio, para esses próximos quatro anos. É fato que o desenvolvimento é um tema amplo e a gente precisa estabelecer as diretrizes que a gente recebe do gabinete executivo, em conjunto com as diretrizes estabelecidas no plano de governo e o que vem de ordem, de entendimento da prefeita, […] no que a gente está chamando de planejamento para esses próximos quatro anos. E se tudo der certo, para a gente institucionalizar esse planejamento para as próximas gestões também.

Quais foram os principais desafios e avanços nesses primeiros meses?

Eu considero um grande avanço estratégico para nós. A gente precisa saber para onde a gente vai, o que a gente tem. Se não, qualquer lugar serve. A gente não pode simplesmente abrir Rio Grande e que venham empresas para cá de qualquer tipo […] porque pode ser que seja um esforço inócuo, pode ser que algumas empresas simplesmente não vão para o Rio Grande porque não faça sentido. Rio Grande tem um grande diferencial competitivo que é o porto. É um diferencial logístico, que se a gente conseguir integrar a necessidade de empresas com a potencialidade de Rio Grande, talvez seja essa sacada. Então, é para isso que a gente está trabalhando na questão do planejamento estratégico da Secretaria de Desenvolvimento para a gente saber como é que a gente está hoje e onde a gente quer chegar. Se eu souber onde eu estou e onde eu quero chegar, fica mais fácil de traçar o caminho.

Quais medidas iniciais foram priorizadas para impulsionar o desenvolvimento econômico do município?

O principal diferencial competitivo para Rio Grande é a questão logística, é o porto. Nós temos o terceiro maior porto em movimentação de cargas do país. Nós temos um distrito industrial que é do governo do Estado, mas fica em Rio Grande, que tem muito espaço, muito potencial, muita área disponível para crescimento. Temos uma indústria de formação de mão de obra, que é a Furg, IFRS e outros centros de pesquisa. Enfim, nós temos as potencialidades necessárias para o crescimento. Todo mundo sabe disso, que Rio Grande tem um monte de coisas, mas por que que não vai, mas por que Rio Grande não vai pra frente? Essa é a pergunta que a gente se faz. A gente tem avanços. Mas no meu entender, o crescimento para ser sustentável precisa ser endógeno. Ele precisa ser de dentro pra fora. De fora pra dentro a gente vai trabalhar para apagar incêndio. De dentro pra fora a gente vai trabalhar para ser sustentável.

Existem novos projetos em prospecção com chance de saírem do papel?

Existem novos projetos em prospecção, alguns não só em prospecção. Imagina um processo comercial, estamos no lead, a gente esquenta o lead e depois ele entra no nosso funil de vendas. Na cidade acaba sendo mais ou menos, guardadas as devidas proporções, a mesma coisa. Só que hoje Rio Grande não tem uma metodologia dedicada específica para a atração de investimentos. Hoje qualquer empresa que vem a gente comemora e claro que traz mais emprego e tem que comemorar mesmo. O que eu estou dizendo é que a gente precisa direcionar. Daqui a pouco o distrito industrial, daqui a alguns anos, nosso distrito industrial estará cheio de empresas que não tragam tanto retorno quanto poderiam. E a gente vai reclamar que não tem tanto espaço, porque a gente rifou os nossos espaços. Então a gente tem que trabalhar de forma inteligente, atraindo empresas, mas pensando sempre no futuro.

Quais estratégias estão sendo adotadas para fomentar o empreendedorismo local e fortalecer micro e pequenas empresas?

As micro e pequenas empresas precisam ser enxergadas, elas traduzem uma grande, talvez a maior fatia do nosso PIB [Produto Interno Bruto]. Toda empresa de Rio Grande passa obrigatoriamente pela sala do empreendedor. Especialmente as micro e pequenas empresas. Elas não têm suporte, muitas vezes, suficiente e adequado, então elas recorrem e a sala do empreendedor que acaba fornecendo o suporte, além do serviço padrão. Então agora a gente está melhorando esse serviço justamente através da implantação da ISO 9.001, que já iniciou a prática de implantação na Sala do Empreendedor. Sobre a sala, nós vamos ser a primeira Sala do Empreendedor do Estado, com uma visão de gestão privada sobre a sala.

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