A mais de quatro meses do início da Terceirona, o Farroupilha dá os primeiros passos para a formação do elenco que será comandado por Geverton Duarte. O clube deseja uma mudança no regulamento da competição da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). O interesse é eliminar duas restrições: o limite de idade dos atletas e a quantidade das chamadas “fichas de Série A”.
Na última edição da Terceirona, por exemplo, era permitido relacionar no máximo cinco jogadores nascidos antes de 1º de janeiro de 2000 por partida. Além disso, só podiam atuar em cada jogo até três atletas com participação em qualquer divisão de elite estadual do mesmo ano – foi esta a restrição responsável pela punição de oito pontos ao Farrapo, causando a eliminação na primeira fase.
“A gente não está fechando as contratações porque está aguardando o parecer da federação quanto ao regulamento para jogadores de Série A e de limite de idade. […] Nosso desejo seria tirar o limite de idade e liberar atletas que jogaram outras divisões. Tu acaba valorizando o produto e tendo mais opções de atletas para qualificar o grupo”, afirma o executivo de futebol do Tricolor, Roger Bastos.
A tendência aponta para o atendimento de pelo menos um dos desejos da direção do Farroupilha. Isso porque o regulamento específico da Série A-2, a segunda divisão do RS, que começa no próximo dia 17, já indica: acabou a restrição de atletas com atuação em divisões de elite. A Terceirona, vale lembrar, está marcada para ocorrer entre 28 de setembro e 30 de novembro, com dez datas disponíveis.
Planejamento
Acertado há cerca de um mês para o cargo no departamento de futebol do clube agora ex-Fragata, Roger Bastos define sua função como “elo entre comissão técnica e diretoria”. Segundo ele, a presidente Adriana Costa e o vice de futebol Fábio Costa têm se envolvido majoritariamente nas questões da obra do Ninho do Cardeal, novo estádio do Farrapo. Por isso, identificaram a necessidade de ampliar o número de profissionais no futebol.
“O Farroupilha vem passando por um processo de reestruturação. Troca de estádio, sem dívidas, um projeto todo novo. Eles não eram do ramo do futebol. Chegaram há três ou quatro anos e foram entendendo como é que funcionava o futebol. Entenderam que precisava segmentar os departamentos e começaram a buscar profissionais”, diz o ex-lateral.
Sobre o nome de Geverton Duarte como treinador, Roger cita o histórico e a experiência no clube e na competição. “A gente entendeu que precisávamos de um técnico com propriedade na competição. O Geverton, nos últimos dez anos, é o único técnico que conseguiu o acesso duas vezes nessa divisão. Se não for o que mais treinou, é um dos técnicos que mais treinou o Farroupilha”.