Emprego atinge índice histórico

Editorial

Emprego atinge índice histórico

Emprego atinge índice histórico
(Foto: Jô Folha)

Às vésperas do Dia do Trabalhador, a Zona Sul recebe de presente um índice histórico. O saldo positivo de 555 vagas formais de emprego criadas na região, em março, resultou no maior número de pessoas com um emprego de carteira assinada da série histórica do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), criado em 2020.

O recorde acontece em meio a um cenário nada favorável ao desenvolvimento, com juros elevados e uma forte tensão no mercado internacional. Apesar disso, diariamente dezenas de vagas são divulgadas nas edições do jornal A Hora do Sul pelo pelo Sine/FGTAS de Pelotas, o que mostra o grande número de oportunidades disponíveis na região, fruto da diversificação de mercado e da busca dos empresários por soluções para essas variáveis.

Além da situação atual, é importante lembrar que há quase cinco anos o país vivia uma das piores fases da economia nas últimas décadas, com o número de empregos formais na região abaixo de 127 mil, número que hoje ultrapassa 150 mil.

Há um ano, o Rio Grande do Sul também enfrentava a maior catástrofe climática de sua história. A enchente de 2024 deixou rastros na economia, sendo um dos piores desempenhos da série histórica na região, com 723 pessoas demitidas a mais que pessoas empregadas.

A data criada em 1º de maio de 1924, que representou um marco para os direitos dos trabalhadores brasileiros, aliada ao índice histórico da região, representam uma simbologia que vai além do simples número e dá um sinal de que a região Sul está cada vez mais forte e em pleno desenvolvimento, embora que tardio.

O número recorde de trabalhadores formais não representa apenas crescimento econômico: representa resistência, dignidade, superação e reconstrução. Representa o orgulho e a força de quem acorda cedo, enfrenta ônibus lotado, sol forte ou chuva, para cumprir seu ofício com dedicação.

Mas não basta comemorar. É preciso transformar esse momento em base para avanços duradouros. O crescimento do emprego deve ser acompanhado de qualificação, valorização salarial, acesso a direitos e inclusão.

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