Na esteira do aumento do nível de emprego no Brasil, o Sine Pelotas apresenta, nos últimos dois meses, o dobro de vagas em aberto. Os principais setores são os de serviços em geral, o que mais emprega no município, e construção civil, mercado aquecido.
Atualmente, são 203 vagas ofertadas na agência do Sine em Pelotas, não apenas de empresas com atuação no município e na região, mas também de fora do Estado, como uma do ramo alimentício de Curitiba.
De acordo com Glauber Bürkle, coordenador da agência FGTAS/Sine de Pelotas, há várias vagas em aberto sem encaminhamentos, devido ao aumento da oferta, como é o caso da busca por pedreiros.
O maior vácuo, no entanto, é de mecânicos, especialmente de manutenção industrial. É uma especialidade que historicamente apresenta dificuldades para preenchimento das vagas pela exigência de cursos específicos e especialização constante.
Um fator que chama a atenção é o crescimento da procura de mão de obra em Pelotas por empresas que atuam fora da cidade. Recentemente, um hospital de Bento Gonçalves contratou 15 pessoas, entre técnicos e enfermeiros – o mesmo estabelecimento solicita, agora, mais 15 profissionais.
Índices em Pelotas
Em maio, os índices de geração de emprego em Pelotas foram negativos, apesar do momento de maior otimismo. Bürkle analisa, no entanto, que pelo aumento de ofertas ao Sine em junho e julho, a tendência é de reversão nos dados. No apanhado do ano (janeiro a maio), o município mantém saldo positivo de 307 vagas, segundo o Caged.
Procura
Na tarde desta terça-feira, Miguel Maia Filho, 64 anos, estava à procura de emprego no Sine. Ele era zelador em um prédio, mas está há um ano sem ocupação. “Trocou o síndico, ele contratou uma empresa que já tinha zelador próprio e eu saí”, explica.
“A situação está difícil, são muitas contas a pagar, mas vou me virando. Também me serve um emprego como vigia, mas não encontro. Já fui encaminhado pelo Sine, mas não consegui a vaga. Continuo tentando”, diz, mantendo “pouca esperança.”
