O que motiva essa fila de pessoas a consumir os produtos, mesmo com a variedade de doces finos na Fenadoce?
As nossas fábricas ficam na zona rural de Pelotas, no 7º distrito. Eu acho que o pessoal vem buscar um doce genuíno, os nossos doces seguem as receitas da vó e do vô, então são caseiros mesmo, sem nenhum tipo de conservante, são só frutas e açúcar. E no café colonial também, a maioria dos produtos são nossos, então a gente garante a qualidade, acho que isso que faz o sucesso tanto na banca quanto no café, são os nossos produtos que seguem com a qualidade de sempre.
A busca pelo café colonial é grande, como ele funciona?
O café colonial é à vontade, é R$ 75 por pessoa. São várias opções de doces, salgados, sucos, cafés, bolos, frios e pães. Como a gente ainda tem o café colonial só nas edições da Fenadoce e não tem fora daqui, as vezes as pessoas aguardam um ano para poder tomar novamente o café. Acho que por isso está sempre tão cheio.
No balcão, o que é mais procurado aqui na Fenadoce?
Os panificados são muito procurados porque vem tudo novo todos os dias para a feira, então tu pode comprar um pão que acabou de sair do forno, às vezes está até quentinho ainda, o pessoal procura muito. Os nossos panificados acabam sendo diferenciados em função disso, é aquele pão que dura sete dias porque ele não tem nada de conservantes.
Como é participar desde a 2ª edição do evento?
A gente tem o contato com o público nas feiras livres, então aqui para nós é a extensão do que a gente faz toda a semana, que é vender direto para o consumidor, mas claro que aqui nós temos um público muito maior e até de outros lugares do Brasil, do Uruguai, Argentina, e a gente já pode contar um pouquinho da nossa história. Não é só um doce ou um pão que estamos vendendo, é uma história de vida e de uma família.
Como está a movimentação na feira?
Vivemos com uma expectativa cautelosa por causa de tudo isso que aconteceu no Estado, mas já nos primeiros dias tivemos um retorno muito bom de vendas e de público. Acho que por enquanto foi até maior do que no ano passado.
Qual o diferencial do Crochemore?
A minha vó, a Vilma Crochemore, vai fazer 93 anos, e ela nos ensina muito todos os dias. O vô, a vó e nossos pais nos passaram muito isso, de manter a qualidade do produto e é isso que a gente tem conseguido fazer todos esses anos, é o sabor verdadeiro das coisas.