Mutirões para retirada de fios de postes perdem força e recolhimento despenca

Lei municipal

Mutirões para retirada de fios de postes perdem força e recolhimento despenca

Em dezembro, 1,2 toneladas de fios foram recolhidas; em janeiro, o número caiu para 396 quilos

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Mutirões para retirada de fios de postes perdem força e recolhimento despenca
Excesso de cabos resultou em nova lei municipal. (Foto: Henrique Risse)

Lançados como uma solução para organizar a fiação nos postes da cidade, os mutirões de retirada de limpeza começaram com força, mas perderam ritmo rapidamente. Em dezembro de 2024 foram recolhidas 1,2 toneladas de fios e cabos, segundo o Ministério Público de Pelotas. No mês seguinte, o número caiu para 396 quilos. Já em fevereiro, os dados ainda não foram divulgados e nenhum dos envolvidos anunciou mutirões.

A 2ª Promotoria de Justiça Especializada, responsável pela operação, aponta que as empresas adotaram medidas para garantir o cumprimento do cronograma, com a prestação de informações mensais sobre as ações realizadas. Além disso, uma reunião está agendada para o dia 21 de março com o objetivo de avaliar o progresso e tentar resolver problemas pontuais.

Onde aconteceram as ações?

Questionada sobre a situação, a prefeitura informou que esteve envolvida nas seguintes ações: na avenida Bento Gonçalves, na rua Quinze de Novembro, no entorno da Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula e no prolongamento da avenida Bento Gonçalves.

A nota ainda esclarece que o cronograma dessas ações é estabelecido entre o Ministério Público e a Equatorial, com o apoio logístico da prefeitura, que se responsabiliza pelo trânsito, retirada de fios e fiscalização.

O que diz a Equatorial?

Em nota divulgada pela assessoria de comunicação, a CEEE Equatorial informou que “vem adotando as medidas de sua responsabilidade, na busca de uma solução possível”. A empresa não deu nenhuma informação sobre o cronograma de ações de retirada dos fios na zona urbana de Pelotas.

Além disso, a distribuidora diz que participou, na condição de fiscalizadora, de mutirões com as empresas de telecomunicações em dezembro, janeiro e fevereiro. O objetivo é fazer a remoção adequada da fiação de telefonia, internet e TV que esteja fora do padrão ou expondo a riscos à população.

A CEEE também esclarece que os postes são utilizados em regime de compartilhamento de infraestrutura entre a distribuidora e as empresas prestadoras de serviço de telecomunicações. As empresas de telecomunicações são as responsáveis pela manutenção e padronização de seus cabos e estruturas, e devem manter suas redes de acordo com as normas técnicas vigentes.

Ação começou em dezembro

Na época do início dos procedimentos, foi anunciado que as ações começaram em janeiro. O MP esclarece que, na verdade, o procedimento é anterior a janeiro, a partir de acordos prévios com as empresas. Como os resultados foram positivos, a ata formalizou as ações. Isso permite identificar melhor as obrigações de cada parte. Em resumo, a ata formalizou as medidas que estavam sendo feitas em meses recentes.

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