Estão abertas as inscrições para a mostra competitiva do 2º Festival Internacional de Cinema Ruídos Queer+. O FIRQ+ tem o objetivo de celebrar e dar visibilidade à produção cinematográfica da comunidade LGBTQIAP+. O evento está programado para ocorrer em julho deste ano em Pelotas. As inscrições para curtas e médias-metragens vão até 10 de abril, através da plataforma Filmfreeway. Os links também estão disponíveis na bio do Instagram @ruidosqueer. Realização Ruidosa Alma, com recursos da Lei Paulo Gustavo, através do Pró-Cultura do Rio Grande do Sul.
Realizado, no ano passado, em São José dos Campos, interior de São Paulo, o FIRQ+ se destaca por sua proposta inclusiva, transformadora e engajada. De acordo com os organizadores, mais do que um festival de cinema, o FIRQ+ é uma plataforma de resistência cultural, que oferece um espaço para cineastas emergentes e para o debate de questões cruciais sobre identidade, gênero, sexualidade e política social. Pelo seu caráter inclusivo, o evento ganhou reconhecimento dentro e fora do Brasil.
O FIRQ+ 2025 é uma experiência imersiva, que vai além do cinema, segundo os organizadores. Por isso há um compromisso com a inclusão e acessibilidade. Desta forma, o Festival vai oferecer intérpretes de Libras e legendas para garantir o pleno acesso de todos. Para mais informações acesse o instagram @ruidosqueer ou site http://ruidosqueer.com.
Ampliação dos prêmios
A edição de 2025 do FIRQ+ traz diversas inovações, com a ampliação da premiação para R$ 18,8 mil, distribuídos entre 11 categorias. A categoria Ficção foi expandida para permitir filmes com até 25 minutos de duração, permitindo uma maior diversidade de produções. “As obras não precisam ser inéditas. A única exigência é que tenham sido produzidas até o ano de 2020”, explica Eduard Moraes Pretto, membro da comissão organizadora.
Ao todo, 28 filmes serão selecionados para a competição. A avaliação ficará a cargo de um júri composto por cineastas, curadores e especialistas da indústria da arte e do cinema. A busca é por filmes que abordem temas relevantes para a representatividade LGBTQIAP+.
“Na primeira edição foram 28 selecionados, mais três de menções honrosas que exibimos além do que tínhamos previsto. Nessa segunda edição serão 28 filmes selecionados ao todo, fizemos mais categorias para a distribuição dos prêmios”, comenta Pretto.
Cenário vibrante
A escolha por Pelotas foi motivada pelo município ser conhecido por seu cenário cultural vibrante. O que proporciona o ambiente ideal para a realização do evento, que tem como missão dar visibilidade à produção cinematográfica da comunidade LGBTQIAP+. Os organizadores ainda estão em diálogo com proprietários de alguns espaços culturais da cidade, mas provavelmente, as exibições ocorram no Cine UFPel.
A curadoria e a programação são pensadas para promover o diálogo e a reflexão sobre as questões mais prementes da atualidade. Na sua primeira edição se tornou um ponto de encontro para a comunidade LGBTQIAP+. “O Festival reafirma seu papel enquanto plataforma de resistência e que possibilita fortalecer as narrativas queer no audiovisual, buscando unir artistas, cineastas e o público, para compartilhar histórias que muitas vezes são marginalizadas e silenciadas pelos meios convencionais de comunicação”, divulga a organização sobre o evento.