Pelotenses homenageiam o Coronel Pedro Osório na data de sua morte

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Pelotenses homenageiam o Coronel Pedro Osório na data de sua morte

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Há 90 anos

Uma romaria cívica, convocada pela diretoria executiva do Partido Republicano de Pelotas, marcou o dia de homenagens ao charqueador, agricultor, comerciante, militar e político Pedro Luís da Rocha Osório, conhecido como coronel Pedro Osório ou o “Rei do Arroz”. O ato ocorreu na tarde de 28 de fevereiro de 1935, no túmulo do orizicultor, marcando o quarto ano de sua morte.

Pedro Osório morreu repentinamente em 1931, no dia 28, por volta das três horas, vítima de um derrame cerebral, aos 76 anos. De férias, o charqueador estava hospedado no hotel do Comércio, em Palmeira.

Um editorial do jornal Diário Popular abordava a necessidade de homenagear o industrial com uma estátua em bronze, na antiga praça da República, então rebatizada para Coronel Pedro Osório. Porém o tributo só foi consolidado em 20 de setembro de 1954, quando foi inaugurada a obra criada pelo escultor pelotense Antonio Caringi e que permanece até hoje no mesmo local.

Líder nato

Natural de Caçapava do Sul, Osório ficou órfão aos 12 anos e começou a trabalhar ainda bem jovem como tropeiro. Chegou a Pelotas aos 17 anos, onde conseguiu emprego como caixeiro em uma loja de tecidos. Em 1875, começou a atuar na Charqueada Boa Vista de Francisco Antunes Gomes da Costa, Barão do Arroio Grande.

Por volta de 1880, foi convidado pelo barão para se tornar seu sócio. Seis anos depois, com capital próprio e o apoio de Antônio da Costa Correa Leite e Antônio Rodrigues Cordeiro, investiu na industrialização do charque. Foi quando comprou de Leonídio Antero da Silveira o estabelecimento denominado Cascalho, à margem direita do Arroio Pelotas, que prosperou como charqueada. Mais tarde, em 1907, a propriedade foi utilizada para a sua primeira plantação de arroz.

Líder nato, tornou-se o chefe político mais importante da Zona Sul. Em 1903 chegou ao posto de vice-
presidente do Estado, no governo de Borges de Medeiros. A partir de 1912, passou a investir na modernização do plantio do arroz. Construiu o Engenho São Gonçalo, ao lado da charqueada do mesmo nome, que se tornou, na época, o maior da América do Sul em beneficiamento de arroz.

Comboio

A morte do empreendedor repercutiu em todo o Rio Grande do Sul e consternou diferentes municípios e localidades, as quais de alguma forma progrediram a partir das ações de Osório. O corpo do industrial foi transportado em um trem especial para Pelotas.

Durante a viagem o comboio parou nas estações de Cruz Alta, Tupanciretã, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Bagé, Pedras Altas, Cerro Chato, Piratini, Arroio Grande, Passo das Pedras, Capão do Leão, Teodósio e Basílio, para que Osório recebesse homenagens póstumas. Seu enterro foi o maior ocorrido em Pelotas, com uma multidão calculada em torno de 20 mil pessoas.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; blog Viva o Charque

 

Há 100 anos

Bageenses têm iniciativa para lembrar o militar Júlio Aragão Bozano

Visitou Pelotas Albano dos Reis, chefe da redação do jornal Dever de Bagé, portando um álbum para recolher assinaturas de pêsames à família do jovem tenente-coronel Júlio Raphael de Aragão Bozano, intendente de Santa Maria. A iniciativa era das senhoras republicanas bageenses.

O álbum era encadernado em camurça de cor cinza, circundado pelas cores do Rio Grande do Sul. Ao centro havia uma foto de Bozano e quatro corações com as cores da bandeira brasileira, nos cantos da capa.

Militar morreu na região de  Ijuí

Morto em combate

Bozano foi morto em 30 de dezembro de 1924 em combate pela Brigada Militar, próximo a Ijuí, quando o 3º esquadrão comandado por ele foi atacado por 500 revolucionários. O tenente-coronel, que tinha ficado em Ijuí para providenciar material ao acampamento, quando soube do ataque pegou um veículo e foi até o combate.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

Há 50 anos

Escola é preparada para receber os alunos

A volta às aulas no Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG), da Universidade Federal de Pelotas, que na época administrava a instituição, foram adiadas para 10 de março, por causa das obras que estavam sendo feitas no restaurante e pelo atraso na chegada das 120 classes novas. As novidades foram motivadas pela ampliação no número de alunos em 1975, de 346 estudantes para 422.

O aumento das vagas foi oportunizado pelo convênio entre a Universidade Federal de Pelotas e a Secretaria de Educação e Cultura do Estado. Na época foram colocadas à disposição 120 vagas para a 5ª Delegacia Regional da SEC, para profissionalização de alunos dos colégios estaduais da Zona Sul.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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