Conforme dados do Observatório de Segurança Pública de Pelotas, o furto a estabelecimentos comerciais aumentou em 27% nos dois primeiros meses de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado. O número passou de 18 para 23 ocorrências. Um dos registros mais recentes, ocorreu na madrugada desta quarta-feira (26), quando dois homens arrombaram e furtaram a cafeteria Díade. Do Local foram levados notebook, celular e dinheiro em espécie.
Segundo os proprietários do estabelecimento localizado em frente a praça Coronel Pedro Osório, o prejuízo chega a aproximadamente R$ 5 mil. No mês passado, a cafeteria já havia sido alvo de uma tentativa de arrombamento, mas sem sucesso. Desta vez, as câmeras de segurança flagraram quando um homem de boné consegue arrombar as duas portas e entrar na cafeteria às 2h24 min.
A ação dura poucos minutos e o criminoso sai levando um notebook e a bandeja com dinheiro da caixa registradora. Mesmo com o alarme de segurança disparando, às 2h27min outro homem entra no local e furta um celular. “Não sabemos se estavam juntos ou se um avisou o outro”, diz um dos sócios da cafeteria, André Tavares.
De acordo com o relato da outra proprietária do estabelecimento, a central de alarme que presta o monitoramento para a Díade chegou a ir ao local, mas retornou após constatar as portas aparentemente intactas e fechadas. “O rapaz veio olhar e falou que estava tudo fechado, tudo certo, mas na verdade o cara estava aqui dentro”, relata Etienne de Oliveira.
A empreendedora lamenta que casualmente havia mais dinheiro do que o usual no caixa. “Porque tivemos um problema no nosso sistema e não conseguimos fechar o caixa no final do dia. Isso nunca acontece, mas demos azar”.
Os proprietários reconheceram o homem que arrombou o local como um indivíduo que circula frequentemente no entorno da praça e nos estabelecimentos da região. “Inclusive várias vezes ele já foi super desagradável com as pessoas. Aí sabe a rotina, o horário que fecha”, diz Etienne.
Insegurança e prejuízo
Segundo a proprietária, os prejuízos causados pelo furto se somam ao desgaste emocional gerado pela insegurança e aos transtornos logísticos que a cafeteria enfrentará até normalizar o sistema prejudicado pela perda do notebook. “Além de recuperar o que a gente perdeu, vamos ter que investir um pouco mais em segurança, mas eu nem sei com o que porque não tem uma solução concreta”, diz.
A sede da cafeteria é um prédio tombado como patrimônio histórico do município, por isso as medidas de intervenção para o aumento da segurança são mais restritas. “Não podemos, por exemplo, colocar uma grade pelo lado de fora. Além de tudo tem mais essa limitação”, diz Tavares.
