Há 50 anos
Uma equipe da Secretaria Municipal de Obras e Viação estava fazendo o levantamento topográfico da avenida Rio Grande Sul, no Balneário Santo Antônio. Com uma extensão de 2.600 metros e duas pistas de 8,5 metros de largura cada uma, a via estava nos projetos do prefeito, Ary Alcântara, para ser pavimentada.
Na época, o secretário municipal de Obras e Viação, engenheiro Carlos Augusto Ackermann, explicou que o trabalho topográfico dava bases para a execução do projeto, porém ainda não tinha sido acertado o tipo de material utilizado, nem a data de início da pavimentação.
Desconfiança dos moradores
A obra estava orçada em cerca de 1,5 milhão de cruzeiros. Na época, o secretário comentou que a equipe que fazia o levantamento topográfico enfrentava dificuldades, como a desconfiança dos moradores, que não aceitavam que os funcionários, embora credenciados e munidos de equipamentos, entrassem nos pátios para medir as soleiras das portas.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 90 anos
Clube de Regatas realiza a terceira travessia no canal
Por iniciativa do Clube de Regatas Rio Grande, com o patrocínio da Liga Náutica Rio-grandense, ocorreu no dia 24 de fevereiro a terceira edição da travessia a nado entre Rio Grande e São José do Norte, pelo canal da Lagoa dos Patos. Oficialmente o desafio surgiu em 1929 e teve uma segunda competição em 1930, ambas conquistadas pelos nadadores do próprio Regatas.
A prova ocorreu em um domingo, em 1935, e a taça foi uma doação da empresa Almeida. Entre os inscritos estavam experientes atletas como, Manoel Fuentefria, Américo de Carvalho Lima e J.M. Paranhos, que tentaram também a travessia a nado entre Pelotas e Rio Grande. Os nadadores desistiram do feito, durante a noite, após 25 mil metros de nado.
Esse desafio se mantém entre os municípios, porém as realizações nem sempre foram anuais. A mais recente foi a 43ª edição, do ano passado.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 100 anos
Comerciantes prometem prêmios aos primeiros lugares do corso
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Diversão do final do século 19 se manteve no início do século 20 em Pelotas (Reprodução)
O corso, um desfile de carros, abertos e ornamentados e que carregavam foliões fantasiados, que jogavam confetes, esguichos de lança-perfumes e serpentinas no público, ainda era uma prática na festa carnavalesca de Pelotas em 1925. Naquele ano, os veículos entravam na 15 de Novembro, vindos da praça José Bonifácio, e percorriam a rua até a prefeitura.
O retorno era pela mesma via, mas fazendo trajeto contrário, ou seja, saindo da praça da República, atual Coronel Pedro Osório. A única observação era de que o motorista deveria seguir sempre pelo lado da direita, sem intervir no lado oposto ao seu.
Os comerciantes da rua 15 ofereceram prêmios aos veículos que conquistassem os primeiro e segundo lugares no concurso, quer seria julgado por comissão composta pelos diretores dos jornais A Opinião Pública, Jornal da Manhã e Diário Popular. A Casa Levy, antiga joalheria com sede na mesma via, ainda ofereceu uma estátua de bronze para a premiação.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense