Musical Sirenna representa o Teatro dos Gatos Pelados no Festival de Arcozelo
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Terça-Feira25 de Fevereiro de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Musical Sirenna representa o Teatro dos Gatos Pelados no Festival de Arcozelo

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Há 100 anos

Pelotas foi a única cidade representada por duas companhias no 7º Festival Nacional de Teatro de Estudantes, em Arcozelo, no estado do Rio de Janeiro. “De fato, esse foi o último festival nacional de teatro de estudantes, realizado por Paschoal Carlos Magno no complexo cultural da Aldeia de Arcozelo, município de Paty do Alferes”, relembra o diretor e dramaturgo Valter Sobreiro.

Sobreiro acompanhou seus alunos do Colégio Municipal Pelotense, na época ele dirigia o Teatro dos Gatos Pelados. A companhia levou para o Rio de Janeiro o musical Sirenna.

Estudantes do Colégio Pelotense em cena. (Foto: Arquivo pessoal)

O Festival foi realizado de 18 a 28 de fevereiro de 1975. O diretor relembra que a 6ª edição, também aconteceu em Arcozelo, em 1971. O período de 1968, quando foi decretado o Ato Institucional número 5, até 1974, ficou conhecido como os Anos de Chumbo. A fase mais dura da Ditadura Militar teve consequências graves para muitos dos antigos participantes do famoso festival.

Tristes notícias

O Magno conseguiu apoio do Ministério da Educação e Cultura (MEC) para voltar a realizar o evento, porém sob algumas condições. “Só poderiam participar textos de teatro infantil, mesmo assim liberados pela Censura Federal de Brasília. Uma exigência ridícula, já que encenações de textos infantis poderiam ser tão ‘subversivas’ quanto as peças para adultos”, avalia o diretor.

Participaram do evento 17 grupos de diferentes regiões do país. Na abertura, o ministro da Educação e Cultura, Ney Braga, e o presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, falaram ao público.

Além do Teatro dos Gatos Pelados, participou o Grupo Desilab da Escola Técnica Federal de Pelotas, que apresentou Do preto ao branco, com direção do ator paulista José de Abreu, na época radicado no município.

Sobreiro qualifica aquele último festival como “um encontro melancólico”. Foi naquele evento que os pelotenses souberam do fechamento de vários grupos universitários do país, a maioria no Nordeste. “Da prisão e/ou desaparecimento de muitos professores, estudantes e artistas, do fechamento forçado de vários grupos ligados a universidades”, relembra Valter Sobreiro.

Há 100 anos

Obras de Gotuzzo recebem críticas positivas na Illustração Brasileira

A obra de Leopoldo Gotuzzo (1887-1983) foi destaque nas edições de novembro e dezembro de 1924, na revista Illustração Brasileira, destacou o Diário Popular na edição de fevereiro de 1925. As obras eram um nu e uma paisagem. A tela Estudo nu foi um dos destaques da exposição do pintor na Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro.

O jornal local reproduziu ainda trechos da crítica escrita para a sessão de arte da revista: “Rica em cores a tela de L.Gotuzzo despertou a atenção de quantos tiveram o prazer de vê-la – de desenho sóbrio o trabalho mostra bem qual a força do artista e as qualidades de desenhador… Sente-se na figura de Gotuzzo a beleza da mulher moça, o abandono do corpo entre a sintonia policromática das sedas, a mulher que Gotuzzo pintou é bonita, é proporcionada revelando com segurança o critério estético do artista”.

Sobre a paisagem o crítico assinalou: “…encantador recanto carioca cheio de luz e cambiantes valorizadas como tudo o que o ilustre artista pinta”.

Fonte: Diário Popular/Acervo BPP

Há 90 anos

Atrasados faz a festa da troca das rainhas

Maria Barcelos Garcia foi coroada rainha do Clube Carnavalesco Atrasados, no Carnaval de 1935. A festa ocorreu no sábado, 23 de fevereiro, no Clube Caixeiral, que foi decorado pelo Ateliê Robles.

Chamado Baile do Inferno, também foi palco para a despedida da rainha 1935, Vera Gonçalves Nogueira. O Atrasados fez história com seus grandes bailes, como o baile das Rainhas ou do Crisântemo, além do réveillon Cidade de Pelotas.

Fonte: Diário Popular/Acervo BPP

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