Leilão de terminal deve facilitar investimento bilionário no RS

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Leilão de terminal deve facilitar investimento bilionário no RS

CMPC depende de infraestrutura logística no Porto de Rio Grande para seguir projeto de construção de nova fábrica

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Leilão de terminal deve facilitar investimento bilionário no RS
Espaço fica no Porto de Rio Grande e deve ser leiloado no segundo trimestre com lances a partir dos R$ 147 milhões. (Foto: Jô Folha)

A multinacional chilena CMPC avança nas tratativas para garantir a concessão de um terminal no Porto do Rio Grande que deve impactar em outros investimentos da empresa. O leilão, previsto para acontecer no início do segundo trimestre, tem lances mínimos estipulados em R$ 147 milhões.

O espaço é considerado estratégico para a exportação de celulose e impacta diretamente no investimento de R$ 24 bilhões para construção de uma fábrica da empresa em Barra do Ribeiro. Para participar do certame, a empresa também deve apresentar garantias de investimentos de R$ 700 milhões para construção da estrutura no novo terminal.

“Sem esse terminal, não tem como fazer o investimento. Isso é chave para nós”, afirmou Antônio Lacerda, diretor-geral da unidade Guaíba da CMPC, em entrevista concedida no ano passado.

Processo burocrático e risco de atrasos

Atualmente, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) está nos trâmites finais para conceder a área ao governo estadual, permitindo a realização da concorrência pública. A expectativa do governo do Rio Grande do Sul é de que essa etapa seja concluída no próximo mês, garantindo que a licitação ocorra dentro do cronograma estabelecido.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, tem acompanhado o andamento do processo e reforça a importância da celeridade na transferência da área.

“Já solicitamos ao vice-presidente Geraldo Alckmin para dar celeridade ao processo. A partir da consolidação desse passo, avançaremos para fazer um terminal de celulose”, afirma.

Um possível atraso na licitação poderia comprometer a realização do investimento da CMPC em Barra do Ribeiro, o que preocupa tanto a empresa quanto o governo estadual.

“Essa ação é fundamental para a efetivação do projeto de investimento de R$ 24 bilhões da CPMC, tendo em vista que as duas unidades juntas devem produzir em média cinco milhões de toneladas por ano, o que indica a necessidade de um local específico para garantir a exportação”, explica o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico.

Investimento em nova fábrica

A nova unidade industrial da CMPC em Barra do Ribeiro deve gerar cerca de 12 mil empregos durante a fase de construção e outras 1,5 mil vagas diretas e indiretas na operação.

Com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas anuais de celulose branqueada de eucalipto, a fábrica adotará modernas tecnologias industriais para garantir competitividade e elevados padrões ambientais e sociais.

Impacto logístico e econômico

Na questão logística, o novo projeto prevê que até 30% da matéria-prima seja transportada por hidrovias, enquanto 100% da celulose produzida será exportada pelo modal fluvial.

Com a definição da concessão do terminal no Porto do Rio Grande, a CMPC poderá consolidar sua operação logística e garantir a viabilidade do megaprojeto em Barra do Ribeiro.

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