Uma ideia que pouco se falava, mas que foi abordada na quinta-feira em reunião entre a prefeita de Rio Grande, Darlene Pereira, e a Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, a conexão entre Rio Grande e o resto do país pelo modal férreo é mais do que necessária: é fundamental. O Brasil é um país que ao longo dos anos deixou de lado este formato de transporte e, inexplicavelmente, segue negligenciando uma necessidade óbvia para uma nação com proporções continentais. Tanto para cargas quanto para transportar pessoas, é preciso olhar sem preconceito para as ferrovias.
Ampliar os formatos de conexão com o resto do país é um ponto que pode acelerar muito o desenvolvimento da nossa região. Já temos um Porto excepcional, entre os melhores do país, e um aeroporto em ascensão, em Pelotas. As rodovias estão em fase de melhoria, com a conclusão da BR-116 próxima e uma potencial nova tarifa dos pedágios, apesar da impossibilidade de se saber qual será o preço.
Por ferrovias, ganhamos em volume, em qualidade ambiental e em possibilidades para cargas, tanto de grãos quanto de outros insumos. Colocaria o Porto de Rio Grande em uma posição estratégica de vantagem. O formato hoje, exclusivo de uma única empresa, não explora em nada o grande potencial que a região teria para este tipo de fluxo.
Outro ponto que precisamos estar atentos é na possibilidade de usarmos as ferrovias para transporte humano. Tanto como facilitador, quanto para fins turísticos, uma possibilidade de conectar Pelotas e Rio Grande, por exemplo, de maneira mais barata e coletiva, seria excepcional para o intercâmbio entre as cidades. Além do mais, os turistas poderiam ter um atrativo para estimular o fluxo e permanência dentro da região.
A região precisa estar atenta às possibilidades das ferrovias. Com uma vantagem logística perante a outros locais, oferecendo formatos diversos, nos colocamos em uma posição estrategicamente competitiva.
