Escolas estaduais iniciam ano letivo com obras em andamento
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Quinta-Feira13 de Fevereiro de 2025

Ensino

Escolas estaduais iniciam ano letivo com obras em andamento

Instituições com intervenções não enfrentam impedimentos para o funcionamento, segundo a Secretaria de Obras Públicas

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Atualizado quinta-feira,
13 de Fevereiro de 2025 às 11:14

Escolas estaduais iniciam ano letivo com obras em andamento
Algumas escolas, como o Ginásio do Areal, ainda passam por obras, mas Estado garante que fluxo de aulas não será afetado pelas intervenções. (Foto: Jô Folha)

Com o início do ano letivo nas escolas estaduais marcado para esta quinta-feira (13), alunos e professores retornam às salas de aula diante de diferentes cenários de infraestrutura. Em Pelotas, enquanto algumas unidades receberam melhorias durante o período de recesso, outras ainda enfrentam desafios, com obras em andamento ou pendências que impactam diretamente a rotina da comunidade escolar.

Há, alguns casos de atrasos, como na EEEM Areal, por exemplo. Após um longo tempo com espaços interditados, o local recebeu as primeiras ações de requalificação depois de maio de 2024. Porém, para a quebra de expectativa do corpo escolar, o calendário acadêmico se inicia e o canteiro de obras segue instalado no pátio.

O andamento das modificações não agrada à gestão da instituição. Segundo a diretora, Márcia Goretti, a reforma precisou ser suspensa em janeiro por conta da falta de material. Espaços importantes, como o banheiro feminino e algumas salas de aula, ainda não estavam prontos, além da sala dos professores, biblioteca e outros pontos do prédio. Depois de pressionar a empresa, na reta final para a volta às aulas a obra finalmente avançou.

“Entregaram o banheiro feminino faltando quatro vasos sanitários. Pelo menos dois já tem”, revela a diretora. “Não vão entregar a sala dos professores. Entregaram uma sala de aula, e outra, mas não terminaram a parte elétrica desta, nem mesmo do banheiro. No primeiro dia de aula terei que realocar os alunos em outra sala.”

Márcia destaca que o projeto de requalificação do educandário é importante para melhorar a estrutura do prédio e proporcionar um ambiente melhor aos estudantes. No entanto, ela cita a falta de sequência e efetividade nos processos, além da burocracia nas decisões sobre aditivos na obra, que ampliou as dificuldades de retomada das atividades. “Eu acredito que aqui vai ter obra até 2027. É muito lento”, calcula.

A Secretaria de Obras Públicas (SOP) do Estado, informou através da assessoria de comunicação a existência de três etapas de serviços ocorrendo na escola. A primeira encontra-se com 65% de execução (recuperação estrutural e de instalações elétricas e hidráulicas) e a segunda com 45% (complemento da recuperação elétrica e manutenção da cobertura). A terceira obra, para requalificação de espaços, está em análise da SOP para possibilitar o seu início.

Félix da Cunha

Outra instituição que enfrenta uma realidade semelhante é a Escola Félix da Cunha. Houve um intervalo em que as obras de revitalização na quadra externa ficaram paradas no fim do ano passado, quando não havia materiais e os trabalhadores não podiam dar continuidade ao serviço. Agora, segundo a SOP, a obra recomeçou e está em estágio inicial. Será realizada uma segunda intervenção em breve para também desinterditar o prédio histórico.

Diante disso, o presidente do grêmio estudantil da Félix, Pedro Bessa, nutre boas expectativas na evolução das ações de melhoria. Segundo ele, os procedimentos têm acontecido com mais velocidade e a quadra já conta com partes concretadas. “Aguardamos que até o final do mês esteja liberada, pois vamos perder muitos alunos por conta da quadra”, garante.

Mesmo assim, Bessa acredita que há um desafio envolvendo a interdição do prédio histórico, atualmente em ruínas. Muitas famílias, ao matricular seus filhos, acreditam que o prédio está ativo, o que não é verdade. Os alunos estão sendo atendidos em um anexo novo, com boa estrutura, mas a confusão causa queda no número de matrículas. “Tínhamos uma faixa de 700 alunos matriculados e hoje temos 400, é uma perda muito brusca”, aponta Bessa.

Dom João Braga

Em um panorama contrário ao das outras duas instituições, o Dom João Braga volta às aulas no formato de período integral. A diretora Lúcia Cardoso explica que o prédio é antigo e por isso passa por constantes modificações. No entanto, com o recurso destinado pelo Estado, melhorias foram realizadas nas salas de aula, cozinha e outros setores da escola.

Entre os avanços, está a instalação de ar-condicionado em todos os espaços, algo que já vinha sendo feito antes. Além disso, na cozinha, foi necessário fazer ajustes devido ao aumento do número de alunos, como a reorganização do depósito, a atualização das pias da cozinha, a revisão da parte elétrica e a ampliação de alguns ambientes. Foram feitos também novos pisos e pintura em diversos locais.

As reformas começaram em janeiro, logo após a chegada da verba, e continuam até hoje. “Estamos usando a verba focando inicialmente nas prioridades, para manter a escola um ambiente agradável para os alunos, professores e funcionários. Temos pontos que ainda precisam de reparos, mas estamos conseguindo vencer as prioridades” explica a diretora.

O Dom João Braga não tem obras em execução sob fiscalização da SOP.

Funcionamento durante as obras

Por parte da Secretaria de Obras Públicas (SOP), as escolas Colégio Estadual Félix da Cunha, Instituto Estadual de Educação Assis Brasil, EEEF Fernando Treptow, EEEM Areal e EEEM Dr. Antônio Leivas Leite, que se encontram em obras, não contam com nenhum impedimento para funcionamento.

Determinadas dependências podem exigir alguma interferência durante a execução dos trabalhos, mas que não prejudicam o uso dos prédios. A determinação da SOP é que sejam identificados e isolados eventuais locais que possam oferecer riscos a alunos, professores e funcionários.

Raio X das obras

  • Assis Brasil

Em função da amplitude de área da escola, os serviços estão acontecendo em três etapas, sendo que algumas podem ocorrer em paralelo. A primeira etapa está com 52% de conclusão (cobertura do bloco principal) e a segunda etapa (recuperação estrutural, pisos, forros, pinturas e cercamento) encontra-se em fase inicial dos serviços. Em breve terá início a terceira etapa dos serviços para realizar a requalificação de diversos espaços, incluindo pinturas externas das fachadas.

  • Fernando Treptow

Os serviços serão realizados em duas etapas, sendo que a primeira etapa está com 46% de execução e a segunda etapa está em análise da SOP para possibilitar o seu início (substituição de portas, manutenção das instalações elétricas e dos pisos internos e do passeio interno).

  • Dr. Antônio Leivas Leite

Os serviços estão ocorrendo em duas etapas, sendo que a primeira etapa trata da recuperação geral de alguns blocos e encontra-se em estágio inicial. A segunda etapa, em paralelo, contempla intervenções gerais, destacando o serviço de substituição completa das coberturas dos blocos de salas de aula e administrativo e está em análise da SOP para possibilitar o seu início.

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