Quedas de energia elétrica causam prejuízos financeiros em Piratini

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Quedas de energia elétrica causam prejuízos financeiros em Piratini

Empreendedores relatam perdas de vários equipamentos elétricos e impasses para o funcionamento de estabelecimentos

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Quedas de energia elétrica causam prejuízos financeiros em Piratini
Audiência pública vai debater os danos causados no município.

As constantes oscilações de tensão e quedas de energia elétrica em Piratini têm causado prejuízos financeiros aos empreendedores e prejudicado o funcionamento dos estabelecimentos locais. O problema, considerado crônico pelos atingidos, é agravado no verão. Com a baixa tensão, os danos a aparelhos elétricos são relatos frequentes de proprietários de supermercados a madeireiras.

Na quarta-feira a rádio do município saiu do ar porque a oscilação de energia causou a queima dos transmissores da antena, equipamentos que já haviam sido reparados após um dano na semana passada. Além da perda de transmissão, de acordo com o diretor da Nativa FM, Cássio Segatto, somente em janeiro um ar condicionado, câmeras de segurança e nobreak foram queimados.

“A tensão não chegava a 180 [volts] e devido a baixa tensão o transmissor estragou. E esta situação não é exclusiva da rádio, toda cidade está sofrendo com isso”, diz. O relato de Segatto é complementado pela proprietária de um supermercado. Rita Cardoso ressalta que a principal reivindicação a CEEE Equatorial é o fornecimento de energia na tensão adequada. “A tensão da rede nunca chega ao ponto de estar nesse número [220 v], ela chega a 170 v, está sempre baixa, nós não recebemos pelo  serviço que a gente paga”.

Perdas que somam R$ 40 mil

De acordo com a empreendedora, para manter o supermercado com as portas abertas, os gastos com o diesel para o gerador chegam a R$ 5 mil por mês. “Ontem teve bastante queda, mas a gota da água foi na segunda-feira, tivemos 17 quedas de luz”, conta.

Entre os equipamentos queimados no estabelecimento nos últimos meses, Rita elenca uma lista: “Balcão de padaria, de refrigeração, um motor de câmera fria que foi comprado novo, três trocas de computadores, o ar condicionado comprado zero”. A mulher calcula em mais de R$ 40 mil os danos ao empreendimento. “Os custos estão ficando insustentáveis”.

Polo madeireiro

A situação no interior de Piratini não é diferente. Localizado a 35 quilômetros da zona urbana, o polo madeireiro é outro segmento atingido pela queda de energia elétrica. De acordo com relato do proprietário de uma das seis empresas de beneficiamento de madeira, são frequentes os dias em que a produção é paralisada pela oscilação de tensão.

“Deixamos de produzir vários dias. Tivemos queima de motores, impressora, modem, balança de pesagem e equipamentos eletrônicos da estufa de madeira”, elenca Hermes Bresolin Júnior. O empreendedor ainda não tem dimensão dos prejuízos acumulados com perdas de equipamentos e queda na produtividade da empresa. “Os custos são altíssimos”.

Audiência

Conforme os empreendedores, uma reunião foi realizada com gerentes da CEEE-Equatorial para a reivindicação por melhorias no serviço. No encontro, os representantes teriam afirmado que o problema da baixa tensão seria resolvido até hoje. Sobre os prejuízos causados pelas falhas no abastecimento, a companhia de energia orienta os atingidos a procurarem atendimento pelo site: equatorialenergia.com.br ou pelo fone 0800 721 2333.

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