Há 100 anos
O então, tenente-coronel Tancredo Fernandes de Mello celebrou seu 35º no Exército brasileiro. O militar, que começou a sua trajetória em 7 de fevereiro de 1890, no Ceará, sua terra natal, uma carreira que o trouxe à Zona Sul do Estado, onde comandou o 8º e o 9º Regimentos, em Pelotas, as 5ª e 6ª Brigada de Infantaria.
Apesar da formação em engenharia e em Ciências Físicas e Matemática, Mello tinha interesse nas ciências sociais e desenvolveu uma carreira paralela nesta área, escrevendo por exemplo, obras sobre os municípios de Santa Vitória do Palmar, onde ajudou a fundar a Biblioteca Pública, e Bagé, além da Bacia do Camaquã. Também foi vice-presidente da Academia de Letras e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e da Sociedade Astronômica da França. Ainda deixou obras literárias como uma peça de teatro, Honesta, e uma literatura dramática, chamada Pátria.
![](https://ahoradosul.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Memorias-ha-100-anos-Tancredo-Fernandes-de-Mello-382x600.jpg)
Cearense construiu uma trajetória na Zona Sul do Estado (Reprodução)
Vida literária
Em 1962, por sua relevância na cultura local, foi o coronel Tancredo Fernandes de Mello se tornou patrono do Museu paleontológico de Santa Vitória do Palmar. A entidade possui mais de 1,2 mil peças paleontológicas e 666 artefatos arqueológicos. São desenvolvidas atividades nas áreas de educação ambiental e pesquisa, trabalho que almeja a conscientização da preservação do patrimônio arqueológico e paleontológico do município.
História dos povos
A história dos povos que deram origem às primeiras ocupações é contada por meio de materiais líticos e cerâmicos, pontas de flecha, pedras de boleadeiras e polidores utilizados tanto pelos indígenas locais quanto pelos colonizadores que chegaram à região posteriormente. O Museu Coronel Tancredo Fernandes de Mello possui um acervo de mamíferos fósseis do pleistoceno, material arqueológico lítico, cerâmico e histórico.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Sistema Estadual de Museus
Há 50 anos
Dois argentinos desfilam na Escola de Samba General Telles
Os argentinos Hugo Gonçalves, figurinista e desenhista, e Miguel Turd, cenógrafo, ambos do Teatro Astros de Buenos Aires, estavam em Pelotas prontos para os desfiles de Carnaval em 1975. A dupla, que tinha participado da folia local em 72 e 73, ambas na Telles, integrou o enredo Lendas do Brasil, com as fantasias de Vitória Régia e Boi Tatá, ideia original do figurinista Carlos Alberto Castro.
Gonçalves desfilou na 14ª ala da Escola com a fantasia da Vitória Régia, com 4,5 metros de largura e 3 metros de altura. As mesmas dimensões de Lenda do Boi-Tatá, que Turd vestiu.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 45 anos
Rivalidade se mantém nos novos tempos
A década de 1980 foi marcada por dissabores para a dupla Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas e Esporte Clube Pelotas, com os fantasmas do rebaixamento rondando as trajetórias, o que por vezes acentuou a rivalidade. Antes dessa série de frustrações, exatamente no ano de 80 exibiu quatro confrontos, dois pelo Gauchão e dois pelo torneio que comemorou os 90 anos do jornal Diário Popular.
No Gauchão o primeiro Bra-Pel terminou em 1×1 e o segundo, no segundo turno, a vitória foi do Xavante, 3×1. Os jogos ocorreram nos meses de agosto e setembro. Em novembro ocorreram os jogos que celebravam o aniversário do extinto jornal. O do dia 12, no Bento Freitas, terminou sem gols, e o dia 21, com vitória do Lobo, por 2×0, levando ao fim um jejum de três anos sem vencer o rival.
Fonte: livro Bra Pel – A rivalidade no Sul do Rio Grande do Sul (Editora Livraria Mundial, 2010), do jornalista J. Éder