Leite apresenta à base aliada proposta do novo plano de carreira estadual
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Setembro de 2024

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Leite apresenta à base aliada proposta do novo plano de carreira estadual

Sindicalistas temem troca de vantagens temporais pelos subsídios, o que poderia significar congelamento do salário

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Leite apresenta à base aliada proposta do novo plano de carreira estadual
Leite falou sobre pouca atratividade do plano de carreira gaúcho (Foto: Mauricio Tonetto / Secom)

O governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou a proposta de reestruturação do plano de carreira dos servidores do Executivo em reunião com os deputados da base aliada na Assembleia Legislativa. Segundo nota divulgada pelo governo do Estado, o projeto impacta mais de 38,2 mil servidores, ativos e inativos.

O Rio Grande do Sul, de acordo com o governo, teve redução de 30 mil servidores nos últimos 12 anos, devido à “baixa atratividade das carreiras no Executivo gaúcho”.

“Precisamos trabalhar para reter talentos e atender às demandas que chegam continuamente, além de motivar os servidores a progredirem na carreira, conferindo maior transparência a essa evolução”, disse Leite.

Segundo a nota do governo do Estado, o “objetivo [do novo plano de carreira] é igualar cargos afins e definir uma amplitude de progressão que evite discrepâncias entre diferentes carreiras”.

A ideia é alterar a remuneração dos servidores para o modelo de subsídios, com “vantagens fixas” e “maior transparência”. Serão definidos seis grupos que receberão reajustes em escalas diferentes: totalmente em 2025 e outros entre janeiro de 2025 e outubro de 2026.

Temor
Sindicatos relatam que ainda não tiveram acesso ao conteúdo completo da proposta a ser encaminhada à Assembleia Legislativa. A informação do Sindicato dos Professores (CPERS) é que os servidores da educação que fazem manutenção, limpeza e merendeiras foram incluídas no novo plano de carreira, uma reivindicação das categorias.

“O que a gente sabe é que o governo está alterando a carreira, mais ou menos nos moldes que fez com o plano de carreira dos professores e professoras, colocando nesse subsídio as vantagens temporais e, o que sobra, transformando em uma parcela de irredutibilidade”, detalha Mauro Rogério Amaral, diretor regional do CPERS.

Segundo o sindicalista, essa alteração aos subsídios é uma forma de “congelamento” dos salários. “Achatou o nosso plano de carreira”, afirma Amaral. .”Vantagens temporais históricas foram retiradas para colocar dentro de um subsídio para chegar ao piso. O que sobra transforma na parcela de irredutibilidade, que vai sendo diluída pelos reajustes. Ficamos com o salário congelado, porque os reajustes são absorvidos pelo que já é nosso”, conclui.

Manifestação
O Sindicato da Polícia Penal posicionou-se contrário ao projeto de Leite. Convocou, inclusive, os servidores a uma manifestação em frente ao Palácio Piratini na próxima sexta-feira. “O governo ofereceu a migalha dos 12%, escalonados até 2026. O RS caminha em direçao ao pior salário da segurança pública do país”, divulgou o Sindperns em nota.

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