O empresário do ramo hoteleiro de Pelotas Samir Curi Hallal completa 90 anos nesta quinta-feira (6). O pelotense, nascido em 1935, ainda é atuante e um entusiasta do turismo local, sempre pronto a fornecer informações e divulgar as iniciativas que valorizem o setor. Formado em Economia, além de ter atuado como diretor-administrativo do Curi Palace Hotel, foi também professor na Universidade Católica de Pelotas durante 40 anos.
Durante o período que esteve à frente do Curi Palace Hotel trabalhou paralelamente na formação de entidades representativas tanto da hotelaria quanto do setor turístico. Entre suas ações em favor do desenvolvimento econômico através do turismo, foi um dos fundadores da 1ª Festa Nacional do Pêssego, em dezembro de 1973, e da Fenadoce em janeiro de 1986. Ainda integrou o grupo de criadores da Rota Turística Costa Doce, do Litoral Sul do Estado, em 1993.
Contribuição
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Hallal é formado em Economia e atuou como professor da UCPel (Acervo de Samir Curi Hallal)
Também participou da fundação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RS (ABIH-RS). Foi embaixador da 18ª Fenadoce e no ano passado a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pelotas, realizadora da Feira, o homenageou com uma uma placa em reconhecimento ao todo o trabalho prestado na história do evento e da cidade.
“A cada 100 negócios, 86 estão direto ou indiretamente atrelados ao setor turístico, que tem sido um motor para mover a economia de Gramado e contribuir de forma relevante para a recuperação do nosso Estado. Alô Zona Sul do Estado”, escreveu Hallal recentemente ao A Hora do Sul, em um dos bilhetes que ele escreve à mão para a reportagem do Jornal, semanalmente, com o objetivo de fomentar o assunto nas diferentes editorias.
Título
Capitão da Hotelaria, título que recebeu da revista Hotelnews da Guanabara, em 1974, Hallal é casado com Maria Gladys Rosa Hallal, com quem teve três filhos, Cristiane, Dalila e Rafael; atualmente tem três netos.
O jornalista Carlos Eduardo Behrensdorf, amigo de Hallal há mais de 40 anos, lembra que se preocupou em mostrar Pelotas, inclusive sua produção frutífera. “Ele de fato é isso que ele transpira, ainda é de um tipo de empresário que valoriza Pelotas e a Zona Sul, um pêssego para ele vale mais que o último modelo de um carro”, diz
Há 100 anos
Folia começa dia 1º na praça de República e na 15 de Novembro
O Carnaval de Pelotas começou cedo em fevereiro de 1925. Na edição do dia 3, o jornal Diário Popular abordava a movimentação ocorrida no dia 1º, não só na praça da República, atual Coronel Pedro Osório, mas também nas quadras centrais da rua 15 de Novembro.
Quem fez a festa dos foliões foram os cordões, como o Espera A Volta, que agradou pela organização e pela escolha do repertório, e blocos, como o Faceiro, também muito aplaudido pelo entusiasmo. O cordão Chora Meu Bem, composto de meninos foi bem-recebido pela plateia.
Paradinha
O Chove Não Molha também fez presença. Os chovianos “estacionaram” em diversos pontos da 15 cantando seus lindos sambas e marchas”, relatou a publicação. O Clube Diamantinos, com o estandarte rubro-negro, também passou o seu zabumba.
Ainda foram apreciados os cordões: Miscellanea, dos Trouxas, Depois da Curva, com afinadas orquestras, Amor Perfeito, Quem Ri de Nós…, Filhos da Lua e o Bloco dos Trigres. Depois da passagem, todas as entidades passaram no Café Ba-Ta-Clan para cumprimentar o presidente do Bloco Carnavalesco Atrasados, Júlio Castilho, proprietário do estabelecimento. O Café da rua Andrade Neves brindou os visitantes com cerveja gelada.
Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 31 anos
Dois clássicos e duas taças em disputa no mesmo ano
Ainda relembrando alguns momentos do clássico Bra-Pel, o Campeonato Gaúcho de 1994 durou nove meses, tornando-se o mais longo da história, conforme o jornalista J.Éder. Naquele ano houve dois confrontos entre Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas e Esporte Clube Pelotas, em um intervalo de seis meses.
O primeiro ocorreu em 24 de abril no Estádio Bento Freitas, o de número 319, pelo primeiro turno. Apesar do empenho, o empate sem gols deu ao Brail o troféu CTMR 75 anos, “pelo maior número de escanteios”.
De novo os escanteios
O segundo confronto do ano foi em 16 de outubro, na Boca do Lobo. Na época, o Pelotas estava em quinto na tabela classificatória e o Brasil em nono. O Bra-Pel 320 inflamou as torcidas antes, durante e após o clássico.
Apesar do empate pelo placar de 1×1, a taça em disputa (25 anos da Universidade Federal de Pelotas) ficou com o áureo cerúleo, também decidida pelo número de escanteios, desta vez, 5×1 para o Pelotas. Após o jogo houve brigas nas ruas próximas ao estádio, que também teve seus banheiros, copa e portão depredados por vândalos.
Fonte: livro Bra Pel – A rivalidade no Sul do Rio Grande do Sul (Editora Livraria Mundial, 2010), do jornalista J. Éder
Há 50 anos
Miss Areia Branca divulga festa de São José do Norte
Maria Inês Maio, Miss Areia Branca, visitou Pelotas para divulgar a 5º Festa Nacional da Cebola, que foi realizada entre os dias 13 e 16 de fevereiro de 1975, naquele município. Antes da Fenace foi realizado o 2º Simpósio Nacional da Cebola, entre 10 e 12 do mesmo mês. Para a Festa nortense eram esperadas a visitação de caravanas do interior e na abertura, dia 13, a visita do governador Euclides Triches, acompanhado pelos secretários de Estado do Turismo, Saúde, Educação, Agricultura e Indústria e Comércio.
O evento teve exposições agropecuárias, industrial e comercial e regatas de São José do Norte a Rio Grande, entre as atrações. A Festa ainda contou com as presenças ilustres das Misses Brasil 1974 e Zona Sul 1974 e do bispo Dom Frederico Dinonet, da Diocese de Rio Grande.
Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense