Salis Goulart lança três obras em diferentes estilos em 1925
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira4 de Fevereiro de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Salis Goulart lança três obras em diferentes estilos em 1925

Por

Nascido em Bagé, em 1899, Jorge Salis Goulart, radicado em Pelotas, tornou-se na década de 1920 uma referência na literatura pelotense gaúcha e na educação local.  “Um jovem poeta que começou sua trajetória intelectual neste momento em que o pensamento brasileiro estava impregnado pela idéia do nacionalismo e a função do artista e do intelectual havia adquirido um novo sentido”, registra o pesquisador Jefferson Teles Martins na dissertação de mestrado, O pensamento histórico e Social de Jorge Salis Goulart: Uma incursão pelo “campo” intelectual rio-grandense na década de 1920 (PUC-RS).

Poeta bageense se tornou educador em Pelotas (Reprodução)

A produção literária de Goulart teve início em 1919, com a coletânea de poemas, Auroras e Poentes. Mas foi em 1925, que o escritor atingiu sua maior produção, lançando livros nos estilos prosa, poema e romance, respectivamente: Poemas para nós mesmos; Confissões – Livros dos Namorados e A vertigem.

Atuação na comunidade

Mas a intelectualidade de Goulart não se restringiu aos livros, o bageense contribui para a formação de muitos pelotenses tanto como professor quanto como jornalista. Foi professor na Escola Prática do Comércio, em 1924, e professor efetivo de História do Brasil no Colégio Pelotense, a partir de 1925, e na Faculdade de Direito, da cadeira de Introdução à Ciência do Direito. 

Atuou também em diferentes jornais de Pelotas, como o Jornal da Manhã, em 1925, diretor do Diário Popular, em 1927. No mesmo ano se tornou 1º secretário da Biblioteca Pública de Pelotas. E em 1928, era sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Morreu em 1934, em Pelotas.

Fonte: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul

Há 75 anos

Clássico com ares de Copa do Mundo

Embalado pelo clássico que se aproxima, o Memórias traz de volta mais um relato do jornalista J. Éder, no livro Bra Pel – A rivalidade no Sul do Rio Grande do Sul (Editora Livraria Mundial, 2010). Na obra, entre outras tantas histórias que ajudaram a inflar a importância dos jogos do  Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas contra o  Esporte Clube Pelotas, o escritor lembra um jogo que aconteceu em 16 de julho de 1950, quando a seleção Brasileira perdeu a final da Copa do Mundo para o selecionado uruguaio.

No Maracanã a bola rolou às 15h, no Estádio do Bancário, em Pelotas, a partida estava marcada para as 15h30min. E as torcidas estavam lá, provando que “o futebol local era mais importante do que tudo”, sentenciou o autor. 

O resultado do jogo foi um a zero para o Xavante, gol marcado no segundo tempo, por Galego.Naquele ano, o Brasil conquistou o tri-campeonato citadino de forma invicta.

Há 50 anos

Colégio Diocesano tem mais de dois mil alunos

A comunidade de Pelotas poderia contar com o Colégio Diocesano de Pelotas, fundado em 7 de setembro de 1956, por Dom Antônio Zattera. Na década de 1970 a instituição educacional chegou a acolher mais de dois mil alunos em seus três turnos, distribuídos nas 22 salas amplas, na época com mobiliário moderno.

Em 1970, a terceira série do que futuramente se tornaria o Ensino Médio, foi transformada em  colégio universitário. A instituição também serviu de Escola de Aplicação de alunos da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Pelotas. 

Porém na década de 1980, deficitário o Colégio entrou em declínio e precisou ser fechado em 1982. As instalações deram lugar a alguns cursos oferecidos pela UCPel, como psicologia e jornalismo. Há quase dez anos o prédio é utilizado pela Universidade Federal de Pelotas.

Fontes: Pelotas Destaques 70; blog Pelotas Cultural

 

Acompanhe
nossas
redes sociais