Sete municípios da Zona Sul vão receber recursos para desassoreamento
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira30 de Janeiro de 2025

Reconstrução

Sete municípios da Zona Sul vão receber recursos para desassoreamento

Arroio Grande, Capão do Leão, Cerrito, Pelotas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e São Lourenço do Sul estão entre os 154 contemplados do programa

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Sete municípios da Zona Sul vão receber recursos para desassoreamento
O programa prevê ainda a limpeza de arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais. (Foto: Maurício Tonetto)

Municípios da Zona Sul atingidos pelas enchentes entre setembro de 2023 e maio de 2024 foram contemplados com recursos do Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS), que integra as ações do Plano Rio Grande. Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul receberão R$ 1,5 milhão, enquanto Cerrito, Arroio Grande, Capão do Leão, e Santa Vitória do Palmar receberão R$ 750 mil.

Serão R$ 301,3 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) divididos entre 154 cidades que decretaram situação de emergência ou de estado de calamidade. O programa prevê ainda a limpeza de arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira (29), em Bento Gonçalves, onde o governador Eduardo Leite (PSDB) e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), Rafael Mallmann, acompanharam o início das obras.

O trabalho será implementado pela Sedur e de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), juntamente com as gestões municipais, que contarão com financiamento, suporte técnico e supervisão do Estado. Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul irão receber R$ 1,5 milhão pela condição de estado de calamidade homologada no ano passado. Na enchente de maio, a cidade portuária teve ruas do Centro invadidas pela água da Lagoa dos Patos e mais de 400 pessoas tiveram que ir para abrigos. Em Pelotas, O Laranjal e a Colônia de Pescadores Z-3 foram as mais atingidas, assim como as praias de São Lourenço do Sul.

Rio Grande

O secretário de Meio Ambiente de Rio Grande, Antônio Soler, informa que foi preciso reestudar os locais atingidos em razão de impedimentos técnicos da empresa que vai prestar o serviço. Essa etapa está em andamento. “Os locais como o Arroio Cabeças, por exemplo, é uma das possíveis prioridades para nós. Ou seja, a medida é tentar manter o fluxo do curso hídrico o mais livre possível, dentro de um parâmetro natural”, explica Soler.

Cerrito

Em Cerrito, o tormento veio no ano anterior. Em setembro de 2023, o aumento do nível Piratini deixou 600 pessoas desabrigadas na cidade. O prefeito José Flávio Vieira (PP) acredita que a primeira ação a ser feita é retirar a ilha que se formou no meio do rio entre Cerrito e Pedro Osório com pedaços de madeiras para liberar o leito do rio. “Na semana passada, uma empresa contratada pelo governo do Estado esteve aqui para fazer um levantamento, mas ainda não sinalizou o início das obras.” Assim como a cidade, Arroio Grande, Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar também foram contemplados e receberão R$ 750 mil.

Trabalhos

As obras serão realizadas com 40 frentes de trabalho simultâneas, sendo que ainda há mais R$ 700 milhões para a dragagem de canais de navegação e hidrovias sob responsabilidade da Portos RS. “Só nessas duas ações, mais de R$ 1 bilhão serão investidos em prevenção, para reduzir o impacto de eventos climáticos sobre as comunidades. Vamos continuar dialogando com os municípios para ampliar o apoio a ações que ajudem a reconstruir um Rio Grande mais forte, resiliente e unido pelo futuro”, ressaltou Leite.

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