Sete municípios da Zona Sul vão receber recursos para desassoreamento

Reconstrução

Sete municípios da Zona Sul vão receber recursos para desassoreamento

Arroio Grande, Capão do Leão, Cerrito, Pelotas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e São Lourenço do Sul estão entre os 154 contemplados do programa

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Sete municípios da Zona Sul vão receber recursos para desassoreamento
O programa prevê ainda a limpeza de arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais. (Foto: Maurício Tonetto)

Municípios da Zona Sul atingidos pelas enchentes entre setembro de 2023 e maio de 2024 foram contemplados com recursos do Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS), que integra as ações do Plano Rio Grande. Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul receberão R$ 1,5 milhão, enquanto Cerrito, Arroio Grande, Capão do Leão, e Santa Vitória do Palmar receberão R$ 750 mil.

Serão R$ 301,3 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) divididos entre 154 cidades que decretaram situação de emergência ou de estado de calamidade. O programa prevê ainda a limpeza de arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira (29), em Bento Gonçalves, onde o governador Eduardo Leite (PSDB) e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), Rafael Mallmann, acompanharam o início das obras.

O trabalho será implementado pela Sedur e de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), juntamente com as gestões municipais, que contarão com financiamento, suporte técnico e supervisão do Estado. Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul irão receber R$ 1,5 milhão pela condição de estado de calamidade homologada no ano passado. Na enchente de maio, a cidade portuária teve ruas do Centro invadidas pela água da Lagoa dos Patos e mais de 400 pessoas tiveram que ir para abrigos. Em Pelotas, O Laranjal e a Colônia de Pescadores Z-3 foram as mais atingidas, assim como as praias de São Lourenço do Sul.

Rio Grande

O secretário de Meio Ambiente de Rio Grande, Antônio Soler, informa que foi preciso reestudar os locais atingidos em razão de impedimentos técnicos da empresa que vai prestar o serviço. Essa etapa está em andamento. “Os locais como o Arroio Cabeças, por exemplo, é uma das possíveis prioridades para nós. Ou seja, a medida é tentar manter o fluxo do curso hídrico o mais livre possível, dentro de um parâmetro natural”, explica Soler.

Cerrito

Em Cerrito, o tormento veio no ano anterior. Em setembro de 2023, o aumento do nível Piratini deixou 600 pessoas desabrigadas na cidade. O prefeito José Flávio Vieira (PP) acredita que a primeira ação a ser feita é retirar a ilha que se formou no meio do rio entre Cerrito e Pedro Osório com pedaços de madeiras para liberar o leito do rio. “Na semana passada, uma empresa contratada pelo governo do Estado esteve aqui para fazer um levantamento, mas ainda não sinalizou o início das obras.” Assim como a cidade, Arroio Grande, Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar também foram contemplados e receberão R$ 750 mil.

Trabalhos

As obras serão realizadas com 40 frentes de trabalho simultâneas, sendo que ainda há mais R$ 700 milhões para a dragagem de canais de navegação e hidrovias sob responsabilidade da Portos RS. “Só nessas duas ações, mais de R$ 1 bilhão serão investidos em prevenção, para reduzir o impacto de eventos climáticos sobre as comunidades. Vamos continuar dialogando com os municípios para ampliar o apoio a ações que ajudem a reconstruir um Rio Grande mais forte, resiliente e unido pelo futuro”, ressaltou Leite.

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