Pianista alemão Henry Jolles fez recital no verão de 1945
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira30 de Janeiro de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Pianista alemão Henry Jolles fez recital no verão de 1945

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Atualizado quarta-feira,
29 de Janeiro de 2025 às 16:33

Há 80 anos

O Festival Internacional Sesc de Música tem marcado os janeiros de Pelotas desde 2011, mas antes desse evento, a música de concerto era ouvida nos verões pelotenses há muitos anos. Um exemplo foi a presença do pianista e compositor alemão Henry Jolles (1902-1965), em 1945, para um recital no Conservatório de Música.

A passagem do celebrado pianista, no mês de fevereiro, foi registrada no livro História Iconográfica do Conservatório de Música da UFPel, organizado pela professora e musicista Isabel Nogueira. Na época, o músico deixou escrito ao diretor Milton de Lemos elogios ao trabalho desenvolvido naquela escola, que ele chamou de “milagroso”.

Para saber

Jolles estudou piano em Berlim com grandes nomes como Edwin Fischer e Arthur Schnabel e, em 1928, tornou-se professor na Escola de Música de Colônia. Em 1933, refugiou-se em Paris, onde ficou até 1939. Por causa da Segunda Guerra Mundial, em 1940, obteve um visto de entrada no Brasil, onde permaneceu até sua morte, ocorrida em São Paulo.

Jolles imigrou para o Brasil durante a Segunda Guerra

Há 100 anos

Em 1925, a rua Vereador Boaventura Barcelos nem existia. Ela foi projetada em 1910 e aberta em 1926. De acordo com Mario Osorio Magalhães no livro Os passeios da cidade antiga, a planificação desta via se deve a iniciativa do Sindicato Moreira e Cia, que loteou os terrenos da antiga charqueada do comendador Heliodoro de Azevedo e Souza, a partir da década de 10.

Magalhães conta ainda um fato curioso, a rua se chamava Veador e não Vereador. Barcelos foi eleito vereador, em 1832, juntamente com o irmão Cypriano Barcelos, mas nunca tomou posse. Na época, a lei impedia que irmãos ocupassem o mesmo cargo. Cypriano, por ser mais velho, foi empossado.

O título se refere a outro cargo de Boaventura, o de veador de sua Majestade, a imperatriz Teresa Maria Cristina de Bourbon. Sua função era ver e fiscalizar os corredores e quartos que fossem visitados pela imperatriz, para que ela pudesse ir a esses locais sem nada a temer.

Fonte: Os passeios da cidade antiga, de Mario Osorio Magalhães

Há 50 anos

Outra iniciativa para incentivar o turismo

Na edição do dia 23, a coluna Memórias relembrou os cinco anos da Associação de Turismo dos Municípios da Zona Sul, fundada por inspiração do Conselho Municipal de Turismo de Pelotas, em 1970. Sobre esse tema, o empresário Samir Curi Hallal, que completou 90 anos este mês e é um dos grandes incentivadores do turismo regional, lembra que em 1975 um dos fundadores, Mauricio Antonio da Silveira, permanecia na presidência da entidade.

Hallal também comenta que, em 1993 foi organizado o Conselho de Turismo da Zona Sul do Estado, presidido por Francisco José Leal Serra, de Pelotas. “Lembro que de Rio Grande tinha o Carlos Alberto Figurelli e o dinâmico Vidalberto Canto da Rosa. De São Lourenço do Sul tinha o Ari Koglin e o Ricardo Martins”.

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