A Operação Golfinho no Laranjal completou um mês e a sensação de segurança entre os moradores e veranistas é sentida durante o dia com o patrulhamento de viaturas do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e 5º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) pela avenida da praia e nas ruas dos balneários. A Brigada Militar ainda não tem levantamento das ocorrências, mas adianta que entre as atuações já efetuaram prisões em cumprimento de mandados e atendimento ao encontro de um corpo na Lagoa dos Patos na virada do ano.
Conforme o comandante do 4º BPM, tenente-coronel Paulo Renato Scherdien, o reforço no efetivo permanente no Laranjal, que acrescenta o emprego de mais viaturas em relação ao normalmente aplicado, conta ainda com dois quadriciclos que está sendo uma atração para os veranistas. “Além de aproximar o policiamento das pessoas junto a orla da Lagoa no Laranjal, Barro Duro e Totó”.
Em Piratini, o aporte no quadro de PMs é de Bagé e Santana do Livramento, região da Campanha. “A atuação é no patrulhamento do policiamento no camping municipal diário e em toda a cidade”, acrescenta o comandante. O tenente-coronel destaca que mesmo com o aumento significativo de pessoas e veículos no período de verão junto às praias de Pelotas e no Camping de Piratini, o reforço no efetivo empregado garante que os indicadores criminais permaneçam dentro do ideal, sem acréscimo.
“Também destacamos que a BM desenvolve o projeto Polícia de Proximidade com apresentação da banda de música, escolinha de trânsito, apresentação de cães, e orientações de segurança à comunidade”, lembra Scherdien.
A atuação da BM, com reforço no efetivo, tem a aprovação da Associação da Comunidade do Laranjal (Asclar). Mas o questionamento é após o verão. “Não tem nenhuma segurança aqui no bairro. Nem o posto funciona. Tudo depende de ligar para o Centro, no quartel e de alguém atender. Durante o verão está tudo maravilhoso. Mas depois?”, questiona a presidente da associação, Susana Gama. A esperança está em uma possível reunião com o comando sobre a reabertura do Posto da BM. “Nós propusemos ajudar eles com a manutenção, através da limpeza, com material ou o que falte. Nós, como comunidade, podemos ajudar”.
O aposentado Carlos Monassa, 62, é morador da praia e considera que a Operação Golfinho é durante o dia, quando é visto o efetivo circulando pelas ruas. “Mas não vejo a mesma quantidade de viaturas à noite. Esse horário poderia ser melhor. Mas claro que no verão, a presença da polícia deixa a gente mais tranquilo pela ação ostensiva”, destaca.
