Há 14 anos
Festival de Música chega para encantar os pelotenses
Com o tempo, as datas do Festival Internacional Sesc de Música se confundiram um pouco. Apesar de Pelotas receber a 13ª edição nesta segunda-feira (20), o evento consagrado no calendário de atividades culturais do município passou a ser realizado a partir de 2011. Portanto, esta deveria ser a 15ª vez, mas a pandemia impediu a realização por dois anos consecutivos (2021 e 2022), períodos agudos de Covid-19.
Diferentemente das edições posteriores, o primeiro Festival foi realizado no início de fevereiro, entre os dias 7 e 19, e não teve o cortejo como sua primeira ação para a comunidade. A abertura foi realizada em um concerto com a Orquestra Unisinos, sob regência de Evandro Matté, com participação especial do pianista André Carrara. Naquele ano também foi encenada a ópera Bastien e Bastienne, uma das principais obras de Wolfgang Amadeus Mozart, protagonizada pelos intérpretes Elisa Machado (soprano), Flávio Leite (tenor) e Carlos Rodrigues (baixo). A apresentação ocorreu no dia 10 e contou com a mesma orquestra, também sob regência de Matté.
Master classes
Entre os músicos que integraram o corpo de professores das master classes estavam nomes como: Emmanuele Baldini (violino), de São Paulo; Esteban Falconi (fagote), de Montevidéu; Fernando Dedos (eufônio), de Curitiba; Jacques Mauger (trombone); Jean Philip Chavey (trompa), ambos da França, Luke Faro (bateria), Porto Alegre; Marcelo Cazarré (piano) e Sérgio Sisto (canto), de Pelotas, Max Uriarte (piano), Porto Alegre, Nestor Garrote (oboé) Buenos Aires e Richard Young (viola), dos Estados Unidos.
Fonte: assessoria/site Festival Sesc de Música
Há 100 anos
Projetado também para ser uma sala de cinema
O Theatro Guarany também era utilizado como cinema. Entre as produções exibidas naquela época estava o filme Olimpíadas de 1924 (os jogos foram realizados no verão daquele ano em Paris), que teve uma sessão especial dedicada ao mundo esportivo de Pelotas.
Até 24 de outubro de 1996, a casa de espetáculos tinha uma programação regular de cinema. Também foi palco de bailes carnavalescos entre as décadas de 1960 e 1990. “O Guarany foi projetado a fim de desempenhar as atividades de cinema e teatro, e a sua primeira exibição cinematográfica aconteceu dezoito dias após a sua inauguração, em 1921”, conforme o artigo Cinema e Memória: Cine teatro Guarany de Pelotas, de Francine Silveira Tavares, Francisca Ferreira Michelon e Mônica Beatriz Rotman, da Universidade Federal de Pelotas.
Fonte: Diário Popular/Acervo BPP
Pommerening foi pioneira na exportação de morango congelado
Entre 1972 e 1975, a Pommerening Conservas Alimentícias era a 4ª maior indústria de Pelotas. A primeira se chamava Cica, seguida pela Leal Santos e a Agapê. A indústria produzia conservas de figo, pepinos e pêssegos, que eram vendidas para o grupo Pão de Açúcar, do empresário Abílio Diniz.
A empresa, fundada em 1951 por Otto Pommerening, na avenida Fernando Osório, 4.510, tornou-se pioneira na exportação do morango congelado em câmara fria. “Era a maior empresa de morango congelado do país, detinha 80% do mercado. Seus clientes nacionais eram: a Kibon (filial de São Sebastião do Caí), a Nestlé, a Danone, a Ritter (geleias), a IFF Fragrâncias, entre outras”, de acordo com o pesquisador Nei Bach. Ainda, entre 74 e 75 exportou para Japão, Venezuela, Alemanha e Argentina.
Auge da produção
O auge da produção da fábrica aconteceu entre 1972 e 1977. Neste período o trabalho era desenvolvido nos três turnos do dia, em um pavilhão de 2,5 mil metros quadrados equipado com maquinário de alta produção. As conservas eram acompanhadas por um moderno laboratório para controle de qualidade. A alta inflação e a concorrência com produtos subsidiados de outros países foram alguns dos motivos que levaram ao fechamento da Pommerening em 1978.
Fonte: tese Patrimônio Agroindustrial: Inventário das fábricas de compotas de pêssego na área urbana de Pelotas (1950-1990). Inventário do Patrimônio Agroindustrial Urbano do Setor Conserveiro de Compotas de Pêssego de Pelotas, de Alcir Nei Bach (UFPel); Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense