O ano de 2024 foi menos violento nas duas maiores cidades da Zona Sul do RS em relação a crimes contra o patrimônio analisados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Já violência urbana, os casos de homicídios em Pelotas tiveram acréscimo de 30,43% em relação a 2023. Já Rio Grande, foi o contrário, com queda de 16,66% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Entre os delitos que não há violência, mas grande prejuízo patrimonial, os crimes de estelionatos têm tido redução.
Os dados foram divulgados na sexta-feira pela SSP quando o governador Eduardo Leite (PSDB) destacou a estratégia adotada pelo governo gaúcho. Com queda nos principais crimes, os resultados de 2024 superaram os índices obtidos em 2023. Nos crimes contra a vida, o destaque é a redução dos latrocínios (veja quadro). Em 2024, o número de roubos seguidos de morte caiu 33% em comparação com 2023, passando de 42 para 28 casos. Já nos casos de lesão seguida de morte, houve aumento. Com dados mais específicos, a pasta revelou que o roubo a pedestres teve redução de 42% ao longo do ano, o que representa diminuição de 10 mil ocorrências em relação ao ano anterior.
A atuação integrada entre Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal, e com protocolos rígidos de combate a mortes violentas, são os fatores atribuídos ao desempenho, como por exemplo a redução de 17% nos homicídios em todo o Estado. Em 2023, foram registradas 1.669 vítimas desse tipo de crime no Rio Grande do Sul, enquanto em 2024 o número de vítimas foi de 1.380. Diferentemente de Pelotas que este ano teve 30 casos contra 23 do ano anterior.
Impacto
Em 2024 o Estado registrou um índice de 12,29 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2023 o ano havia encerrado com uma taxa de 15,34 homicídios a cada 100 mil habitantes. A redução já é importante na comparação com o ano anterior, mas é ainda mais expressiva quando comparada ao pico da série histórica, em 2017, quando o RS registrou uma taxa de 26,41 mortes a cada 100 mil habitantes. “Sabemos que ainda existem problemas, mas é incontestável que estamos no melhor caminho. E é inegável, o Rio Grande do Sul é um Estado mais seguro e a gente vai seguir nessa toada para garantir um Rio Grande próspero e em paz nas ruas”, afirma Leite.
