Herval celebra um marco histórico neste sábado (18): os 200 anos de elevação a freguesia. O município, com raízes profundas em uma terra fértil, reflete a coragem de seus pioneiros e a rica diversidade cultural de seu povo. Nos últimos anos, a identidade rural da região passa por uma notável transformação em termos de estrutura e qualidade de vida tanto na zona rural quanto na urbana. Com foco no desenvolvimento, a cidade aposta no turismo e na produção de grãos para construir um futuro promissor.
História conectada ao RS
Herval deriva da erva-mate abundante nas matas locais durante a colonização. A palavra “erva” era grafada com “h”. A vegetação nativa foi dizimada devido à falta de manejo sustentável. Era o povoado mais antigo do então município de Rio Grande, que abrangia toda a Zona Sul do Rio Grande do Sul.
Pelo Tratado Preliminar de Restituições Recíprocas, o rio Piratini e o arroio Basílio delimitavam as possessões entre Portugal e Espanha, o que deixou Herval sob domínio espanhol.
Sentinela da Fronteira
Rafael Pinto Bandeira avançou a fronteira lusitana até o rio Jaguarão e estabeleceu um núcleo em Herval com a construção de uma igreja, quartel e trincheiras em 1791.
“Já havia um núcleo de moradores próximo da antiga guarda, com ex-integrantes, famílias. Era um ponto de segurança, porque Herval era uma zona neutra infestada de contrabandistas e piratas. E essa povoação começou a se organizar e evoluir. Em 1811, o pessoal comprou um terreno e estabeleceu a igreja no ponto mais alto. Os que puderam, construíram casas ao redor. Em 1881, houve a emancipação de Jaguarão”, conta o hervalense e admirador da história da cidade, Rubens Machado.