Não há previsão para reabertura do Theatro Sete de Abril
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira15 de Janeiro de 2025

Patrimônio

Não há previsão para reabertura do Theatro Sete de Abril

Levantamento inicial prevê a necessidade de um aporte de R$5 milhões, valor somado com os valores que a prefeitura dispõem, para finalizar a obra

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Atualizado quarta-feira,
15 de Janeiro de 2025 às 12:19

Não há previsão para reabertura do Theatro Sete de Abril
Anúncio foi feito durante entrevista coletiva. (Foto: Bárbara Vencato)

É impossível precisar prazo para a reabertura do Theatro Sete de Abril. A informação veio da prefeitura em uma coletiva no palco deste importante equipamento cultural de Pelotas. A notícia dada pelo prefeito, Fernando Marroni (PT) frustra as expectativas da comunidade cultural, que aguarda a retomada do espaço desde que ele foi fechado há 14 anos, primeiro para a recuperação do telhado e depois para o restauro completo. 

Marroni falou que o desejo é de que o Theatro volte este ano ainda, mas é pouco provável. Além do prefeito, participaram da coletiva, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (15), a secretária de Cultura, Carmen Vera Roig, e diretores da Secult. Apesar da notícia desfavorável, tanto Carmen Vera quanto o gestor, frisaram que é prioridade do novo governo municipal acelerar o processo de entrega deste patrimônio. “Estamos imbuídos em fazer esse trabalho afinados com as outras secretarias, especialmente com a Procuradoria Geral do Município e com a Secretaria da Fazenda. Chegou na nossa mesa tem que ser prioridade”, fala a secretária. 

“Nós estamos muito tristes com a situação que encontramos no Sete de Abril”, diz o Marroni. O prefeito lembrou que no final do ano passado, durante a transição, foi levantada a possibilidade de que a posse fosse realizada no local, mas diante do que está sendo verificado, seria impossível. “Estamos diante de muitos desafios para o Theatro”, comenta o gestor. 

Limpeza e diagnóstico

De acordo com a diretora de Memória e Patrimônio da Secult, arquiteta Simone Delanoy, está sendo feito um diagnóstico das patologias estruturais do prédio, mas durante o encontro ela afirmou que serão necessárias trocas de telhas, limpeza de calhas entupidas, forros e madeiramento interno que apresentam grande quantidade de mofo resultado das portas e janelas fechadas. Também será feita uma ação de limpeza do prédio que está muito sujo. 

“Esse último ano em que o teatro passou fechado o mofo proliferou não só no forro, mas em quase todas as madeiras, além da sujeira”, avisa a diretora.  “Talvez tenha que ser feita alguma readequação física da obra, como manutenção, maçanetas e portas de madeira que com a própria umidade empenaram. “Essas patologias aparecem por falta de uso”, diz Simone.

A empresa Biapó, que fez a obra de restauro, tem cinco anos para reparar problemas de execução, mas essa garantia não inclui patologias desenvolvidas por falta de manutenção. “Estamos fazendo todo um levantamento para saber o que cabe a empresa, se é que tem alguma coisa. A empresa vai ser acionada para reconsideração ou se é só de manutenção”, fala a diretora. O diagnóstico, ponto de partida para o trabalho, deve ficar pronto em 15 dias. 

Valor estimado

Durante a coletiva o prefeito comentou que, além dos recursos que se tem, serão necessários mais valores, o que se estima a cifra de R$5 milhões para finalizar o Teatro e reabri-lo. Atualmente há recursos para a caixa cênica e acessibilidade, porém sem a climatização, por exemplo, não é possível ter o Plano de Prevenção Contra Incêndios Aprovado.  

O mobiliário está comprado e está por chegar até março, tanto dos camarotes quanto da plateia. Porém a instalação só acontecerá após a limpeza do forro. Segundo a secretária a licitação da Caixa Cênica está na quarta empresa e que talvez seja mais fácil recomeçar, com outro edital.

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