Primeiros rivais da dupla Bra-Pel mantêm bases e chegam com poucas caras novas
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira15 de Janeiro de 2025

Gauchão 2025

Primeiros rivais da dupla Bra-Pel mantêm bases e chegam com poucas caras novas

Grêmio estreará treinador diante do Brasil, enquanto São José enfrentará o Pelotas embalado por título

Por

Primeiros rivais da dupla Bra-Pel mantêm bases e chegam com poucas caras novas
Tricolor e Zequinha mediram forças em jogo-treino na última segunda (Foto: Kelly Bandeira - ECSJ)

Os primeiros adversários da dupla Bra-Pel no Gauchão têm poucas modificações em seus elencos entre o fim da última temporada e o início da que se avizinha. O Grêmio, adversário do Brasil no Bento Freitas, e o São José, oponente do Pelotas no estádio Francisco Noveletto, entram na competição carregando como trunfo o entrosamento de elencos acostumados a atuar juntos.

Mas as semelhanças param por aí. Além da diferença de investimento e de divisão nacional, Tricolor e Zequinha são comandados por treinadores cujos trabalhos atravessam estágios distintos. Enquanto Gustavo Quinteros assumiu há pouco mais de uma semana, Rogério Zimmermann iniciou no ano passado um projeto que já acumula o título da Copinha da FGF, apesar do rebaixamento para a Série D do Brasileirão.

Nesta segunda-feira (13), Grêmio e São José mediram forças em jogo-treino no CT Luiz Carvalho. O Tricolor venceu por 2 a 1 em atividade com três tempos de 35 minutos. Em lance com participação de Cristaldo, Braithwaite e Villasanti, um defensor do Zequinha marcou gol contra. De cabeça, Jadson empatou após escanteio. Gustavo Martins também aproveitou jogada de bola parada e fechou o placar.

“O Gauchão é muito importante”

Esta edição do Estadual é especial para o Grêmio. Atual heptacampeão, o Tricolor busca uma inédita sequência de oito conquistas seguidas, algo que só o Internacional alcançou. Sem Reinaldo e Soteldo, o único reforço até agora é o lateral-direito João Lucas, ex-Juventude. Os goleiros Gabriel Grando e Adriel voltam de empréstimo.

O desafio de melhorar o time que foi 14º colocado no último Brasileirão está nas mãos de Quinteros, campeão argentino pelo Vélez. A escalação inicial no teste contra o São José, por exemplo, teve Gabriel Grando; João Pedro, Rodrigo Ely, Jemerson e Mayk; Villasanti, Dodi, Pavon, Cristaldo e Aravena; Braithwaite.

Gustavo Quinteros foi apresentado no dia 6 (Foto: Lucas Uebel – GFBPA)

“Tratar de incorporar jogadores para ter uma equipe forte, aguerrida e capaz de competir em alto nível. […] Precisamos de laterais, volantes e extremas. Vamos contratar um zagueiro central também”, disse Quinteros em sua coletiva de apresentação, no último dia 6. O goleiro Marchesín, lesionado, interessa ao Boca Juniors e pode sair.

O treinador, que também precisará estancar o problema defensivo gremista, falou sobre um eventual octa. “O objetivo é formar uma equipe competitiva. Que o time possa mostrar o que a torcida quer ver e depois tratar de conseguir esse oitavo título. Trataremos de começar a pré-temporada pensando nesse primeiro desejo. O Gauchão é muito importante”.

“A manutenção de uma base economiza tempo”

Quarto clube há mais tempo na elite estadual – desde 2000, atrás somente de Grêmio, Inter e Juventude -, o São José começou a planejar 2025 em julho do ano passado, quando contratou Zimmermann em um cenário de rebaixamento nacional quase irreversível. Depois, o título na Copinha garantiu vaga na Copa do Brasil.

Além da receita adicional oriunda das cotas do maior torneio eliminatório do país, o clube porto-alegrense manteve jogadores como o goleiro Fábio Rampi, os zagueiros Jadson, Rafael Dumas, Tiago Pedra e Fredson e o centroavante Giovane Gomez. Um dos poucos contratados foi o volante Jhonata Varela, revelado pelo Grêmio.

Ídolo xavante iniciou planejamento para 2025 ainda no ano passado no Zequinha (Foto: Divulgação – ECSJ)

“A manutenção de uma base te economiza algum tempo e nós perdemos um pouco desse tempo porque a competição [Copinha] foi até 24 de novembro. E aí tu tem que dar alguns dias [de férias], tu não dá aquele mês tradicional”, diz Zimmermann. A pré-temporada também teve um jogo-treino com o Avenida (2 a 2). O clube fez contato com o Brasil para realizar duas atividades, o que não ocorreu.

“O treinador conhece mais o jogador, os jogadores conhecem mais a ideia. Ela [Copinha] foi importante por ter jogado, por ter vencido, mas, ao mesmo tempo, a gente sabe que o Campeonato Gaúcho exige mais. A gente tem esse alerta, tem consciência disso”, relativiza o treinador ídolo do Brasil.

Acompanhe
nossas
redes sociais